Os réus enfrentam acusações de tentativa de fraude, além de mais quatro delitos. O ex-presidente ficará próximo do delator e ex-parceiro, Mauro Cid. A proteção no STF foi intensificada.
Nesta segunda-feira (9), iniciam-se os interrogatórios de oito réus envolvidos no caso de tentativa de golpe que está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O magistrado responsável pelo processo criminal, ministro Alexandre de Moraes, terá a oportunidade de se encontrar pessoalmente com o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), o delator Mauro Cid e outros membros da alta administração do antigo governo, que fazem parte do denominado “núcleo essencial” da trama golpista.
O depoimento ocorrerá na sala da Primeira Turma do STF, que passou por modificações para se assemelhar a uma sala de tribunal do júri, instituição responsável por julgar crimes intencionais contra a vida. Além disso, a segurança das instalações do STF foi ampliada.
Além de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e as equipes de defesa também terão a oportunidade de interrogar os acusados.
Na mesa principal estarão Moraes, seus assessores e Gonet, responsável pela elaboração da acusação contra os réus. Membros da Primeira Turma também poderão participar presencialmente. O grupo é formado por cinco membros.
Nesse momento do procedimento, os réus têm a oportunidade de expor sua perspectiva sobre os acontecimentos, refutar as alegações apresentadas pela PGR ou admitir sua culpa. Caso prefiram, os acusados também podem optar por se manter em silêncio.
A sessão inicia às 14 horas e se encerra às 20 horas. Caso não seja possível ouvir todas as pessoas, elas serão convocadas para novas audiências que ocorrerão entre os dias 10 e 13. (Foto: Reprodução)