Exército já discute local onde Bolsonaro deve ficar preso

As Forças Armadas do Brasil começaram a debater como lidar com os militares que estão implicados nas acusações de tentativa de golpe de Estado, caso sejam julgados culpados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essa iniciativa abrange tanto os oficiais em serviço quanto os da reserva, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um dos possíveis condenados a cumprir pena em unidades militares. As informações são da jornalista Monica Gugliano, do jornal O Estado de S. Paulo, que ressalta a preocupação das Forças Armadas em preservar a ordem interna e evitar manifestações tumultuadas nas proximidades dos quartéis.

Em diálogos informais, oficiais de alta hierarquia reconhecem que a discussão é apressada, mas é essencial. “É fundamental ter um certo planejamento para que não sejamos surpreendidos, caso realmente alguns militares sejam punidos”, comenta um oficial que opta por não se identificar. A ideia é que, se esse momento ocorrer, é preciso agir de forma clara e evitar soluções improvisadas, principalmente levando em conta a chance de protestos de apoiadores de Bolsonaro nas proximidades das bases militares.

De acordo com a matéria, a intenção é que o julgamento da tentativa de golpe avance em 2026, mesmo com as preocupações de que não seja finalizado este ano. O caso abrange 34 réus, e a lentidão do processo gera inquietação entre os líderes, que temem um aumento das tensões durante o período eleitoral. Contudo, devido ao fato de o caso estar centrado na Primeira Turma do STF, a expectativa de uma resolução rápida é tida como improvável.

Para Bolsonaro, a opção mais plausível é cumprir sua pena em uma instalação militar, em locais que são consideradas especiais devido ao seu status de ex-presidente e ex-membro das Forças Armadas. Existem possibilidades, como a abertura de um espaço no Comando Militar do Planalto, localizado em Brasília. No Rio de Janeiro, mencionam o quarto do comandante da 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar, que dispõe de um armário, frigobar, televisão, ar-condicionado e banheiro privativo — benefícios que, segundo a análise de oficiais, poderiam amenizar as pressões e protestos de seus apoiadores. (Foto: Reprodução)

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