Turistas estrangeiros injetaram US$ 4,3 bi na economia brasileira

Viajantes vindos de outros lugares do mundo nunca gastaram tanto no Brasil como nos sete primeiros meses de 2024. País já atrai mais gente que na pré-pandemia

 

Entre janeiro e julho de 2024, turistas estrangeiros injetaram US$ 4,323 bilhões na economia brasileira, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Banco Central (BC). Na conversão, o valor equivale a aproximadamente R$ 23,7 bilhões. Este montante representa um incremento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando o total foi de US$ 3,7 bilhões, destacando um crescimento de quase US$ 1 bilhão.

Em média, os quatro milhões de visitantes internacionais que chegaram ao Brasil gastaram cerca de R$ 6 mil cada durante suas estadias, abrangendo desde turistas de luxo até mochileiros. O mês de julho foi particularmente notável, com os turistas estrangeiros desembolsando US$ 615 milhões no país, o que representa um aumento de 8,46% em comparação com julho de 2023. Este valor é o segundo maior para o mês desde 2014, quando o Brasil sediou a Copa do Mundo e arrecadou US$ 792,8 milhões.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, ressaltou a relevância desse incremento financeiro para a economia nacional. “Quando falamos da entrada de recursos vindos de turistas internacionais, estamos falando de dinheiro gasto em diárias de hotéis, refeições em restaurantes, na água de coco vendida pelo ambulante na praia. Ou seja, toda uma cadeia produtiva é beneficiada, o que gera milhares de empregos. Nosso objetivo é continuar atraindo esses viajantes, impulsionando nossa economia por meio dessa indústria limpa, que é o turismo”, destacou.

Já o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, explicou a importância do crescimento dos valores deixados por visitantes de outros países no Brasil. “Esse é um dinheiro que uma parte dele entra no município, na ponta, direto na economia local. A cadeia turística é muito democrática. É um dinheiro que vai para o vendedor de mate na praia, entra na gorjeta do garçom, vai para o motorista de Uber ou para o taxista, e para o pequeno empresário. Então, é um dinheiro que gera e mantém empregos, que afeta positivamente o desenvolvimento das nossas cidades”, disse.

“E o turismo, como modelo econômico, tem que representar esse desenvolvimento. É o trabalho que a Embratur vem fazendo juntamente com o trade turístico brasileiro, para mostrar que o Brasil do diálogo, do respeito, da democracia, da diversidade e do meio ambiente voltou. E o mundo inteiro está olhando. Por isso, temos conseguido bater esses recordes todos que estamos divulgando”, acrescentou Freixo.

O governo federal tem como meta posicionar o Brasil como o maior receptor de turistas na América do Sul até 2027, conforme estabelecido no novo Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027. O plano prevê a visita de 8,1 milhões de turistas internacionais e a geração de US$ 8,1 bilhões em receitas até o final do período. Há também uma ambição de superar a marca de 10 milhões de visitantes estrangeiros, com base nos resultados positivos dos últimos dois anos.

Recorde de turistas

Entre janeiro e julho de 2024, o Brasil recebeu quatro milhões de turistas internacionais, um aumento de 10,4% em relação ao mesmo período de 2023, e 1,9% acima do total registrado antes da pandemia de Covid-19, em 2019. Em julho, 437,1 mil estrangeiros desembarcaram no país, um crescimento de 16,4% em comparação com julho do ano passado.

(Foto: Reprodução)

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