Moraes suspende rede social e bloqueia até R$ 50 milhões de Marcos do Val

Senador havia tido acesso à conta do Instagram reestabelecido no início de maio, mas voltou fazer novos ataques ao Supremo e ao próprio ministro Alexandre de Moraes na internet

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio do perfil do senador Marcos do Val (Podemos-ES) no Instagram e o bloqueio de R$ 50 milhões das contas bancárias do parlamentar. A decisão foi tomada após o bolsonarista fazer novos ataques ao Judiciário e ao próprio ministro.

Recentemente, o senador intensificou suas críticas à Corte e a Alexandre de Moraes em suas postagens. Em um vídeo, ele declarou que “o cerco estava se fechando contra [Alexandre] Moraes” e que pretendia levar o caso a tribunais internacionais.

No mês passado, o bolsonarista também usou as redes para criticar as investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele chamou o delegado de Polícia Federal, Fábio Shor de “capataz” do ministro e o acusou de cometer “violações contra a Constituição e os direitos humanos dos brasileiros”.

O senador chamou a decisão de Moraes de “arbitrária” e ressaltou que o bloqueio das contas é uma “afronta à dignidade”. “O que estamos vivenciando é uma flagrante contravenção e um desrespeito não apenas à minha pessoa, mas a todo o Senado Federal, que está sendo desmoralizado diante de uma medida arbitrária, que fere o princípio da dignidade humana e a própria essência da imunidade parlamentar”, escreveu o senador.

“Essa decisão, revestida de uma pena antecipada de caráter perpétuo, é absolutamente desproporcional e inconstitucional. A imposição de uma dívida de 50 milhões de reais é não apenas impossível de ser quitada, mas também representa uma afronta à minha dignidade, não apenas como parlamentar, mas como ser humano. Nem em dez gerações seria possível pagar esse valor!”, disse Do Val.

No ano passado, Marcos do Val teve as contas suspensas pelo STF quando ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal. Na ocasião, ele era suspeito de obstruir investigações sobre os atos golpistas — que culminaram na depredação dos prédios dos Três Poderes.

(Foto: Pedro França/Agência Senado)

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