Quaest: Aprovação de Lula volta a subir e atinge maior patamar do ano

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10) mostra que aprovação do presidente Lula subiu de 50%, em maio, para 54%, em julho

 

A aprovação do governo chefiado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 54%, o maior índice do ano, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (10) pelo instituto Quaest. A desaprovação ficou em 43%. A vantagem de nove pontos percentuais a favor da aprovação é bem superior aos três pontos registrados no levantamento mais recente realizado pela Quaest, em março, quando 50% diziam aprovar o governo e 47% desaprovavam.

O pico da aprovação do chefe do Executivo ocorreu em março de 2023, de 60%. A melhora na aprovação do governo, de acordo com a pesquisa, ocorreu entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos, parcela do eleitorado em que a aprovação do petista subiu de 62% para 69%, entre maio e julho. Entre as mulheres, índice de aprovação de Lula avançou de 54% para 57% e a desaprovação recuou de 44% para 39%.

Enquanto 36% dos entrevistados acham que a economia piorou nos últimos 12 meses, 28% acreditam que melhorou. E, no mesmo período o poder de compra dos brasileiros diminuiu para 63% dos brasileiros e aumentou para 21%. A maioria dos entrevistados (70%) atribuiu a alta dos preços aos alimentos, 61% responsabilizaram as contas de água e de luz e 44%, os combustíveis. Para os próximos 12 meses a expectativa é de que a economia melhore para 52% dos entrevistados e 27% esperam que o quadro piore. Outros 18% acreditam que não haverá mudança no cenário econômico.

Portanto, a pesquisa mostra que o cenário econômico está, aos poucos, deixando de ser, isoladamente, a maior preocupação da população brasileira, embora ainda esteja à frente nesse levantamento. Segurança e questões sociais, com 19% e 18%, respectivamente, estão próximos.

O instituto ainda apurou um crescimento na aprovação do petista entre os evangélicos. No levantamento deste mês, 42% dizem aprovar, enquanto 52% desaprovam. Apesar do cenário negativo, o governo pode ver os números com otimismo, já que no levantamento anterior 39% dos evangélicos diziam que aprovavam e 58% desaprovavam.

O governo também recuperou terreno na região Sudeste, segundo a Quaest. Enquanto em março havia 55% de desaprovação e 42% de aprovação; a pesquisa de julho mostrou empate nos percentuais: 48% para cada.

Lula é ouvido

Uma parcela considerável dos participantes da pesquisa (41%) disse ter tido contato com entrevistas do presidente a emissoras de rádio. Mais que isso: a maioria da população mostrou concordância com falas do presidente. São 90% que concordam que o salário mínimo deve subir acima da inflação, por exemplo.

Outro ponto em que a maioria da população parece convergir com o presidente é em relação aos juros: 87% disseram concordar que as taxas no país são muito altas, e dois terços (66%) dos ouvidos disseram estar de acordo com as críticas feitas pelo mandatário à política de juros do Banco Central.

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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