Golpe de 8/1: Moraes manda prender fugitivos após inclusão em lista da Interpol

Gabinete de Moraes publicou 47 novos mandados de prisão contra 40 condenados e 7 investigados pelos ataques e outros crimes relacionados ao resultado eleitoral. Pelo menos dez foragidos deixaram o país e foram incluídos na lista da Interpol

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mandou prender fugitivos suspeitos e condenados pelos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. Pelo menos dez foragidos deixaram o país e foram incluídos em lista da Interpol – Organização Internacional de Polícia Criminal.

Entre terça-feira (14) e esta sexta-feira (17), o gabinete de Moraes publicou 47 novos mandados de prisão contra 40 condenados e sete investigados pelos ataques e outros crimes relacionados ao resultado eleitoral. Os condenados pelos atos golpistas invadiram as estruturas do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Planalto, em 8 de janeiro de 2023, quando protestaram contra a vitória em 2022 do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre as novas ordens de prisão, estão a da empresária Fátima Aparecida Pleti, 61 anos, de Bauru (interior de São Paulo), e a do corretor de seguros Gilberto Ackermann, 50, de Balneário Camboriú (SC). Os dois estão na Argentina, como revelou o UOL. Ambos foram condenados por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do estado democrático de direito. Eles negam os crimes.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que Ackermann e outros sete foragidos fossem incluídos na lista de difusão vermelha da Interpol. Já Moraes expediu nesta quinta-feira (16) o mandado para prender o corretor de seguros. O militante bolsonarista nega ter destruído objetos na praça dos Três Poderes. Já Fátima Pleti também recebeu ordem de prisão de Moraes. Ela quebrou a tornozeleira em 26 de março. O advogado dela, Hélio Ortiz Júnior, disse que não comentaria a ordem de prisão.

Além dos ataques golpistas, a Polícia Federal também investiga um plano golpista que previa a prisão de Moraes, do ministro do STF Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

(Foto: Pedro Fran/Agencia Senado)

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