Informações são do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do primeiro semestre, divulgado pela instituição
O Banco Central (BC) elevou sua projeção de crescimento econômico de 1,7% para 1,9% neste ano, segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (28). De acordo com o documento, “sob a ótica da oferta, esperam-se recuo da agropecuária, após alta expressiva em 2023, e crescimentos de magnitudes semelhantes entre si e não muito distantes dos ocorridos em 2023, para indústria e serviços”. A perspectiva vem abaixo das projeções do Ministério da Fazenda, que prevê expansão de 2,2% para o PIB este ano. Já os analistas de mercado, segundo o último Boletim Focus, esperam crescimento de 1,85%.
Para o consumo das famílias, a previsão de crescimento foi mantida em 2,3% pelo BC. A estimativa de consumo do governo passou de 1,1% para 1,9% e a da taxa de investimentos, medida pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), subiu para 1,5%, ante 1% da projeção anterior. O relatório aponta também para um mercado de trabalho com dinamismo maior que o esperado, com desemprego recuando e salários crescendo em ritmo mais elevado.
A inflação acumulada em 12 meses é de 4,5%, um recuo em relação ao último trimestre, quando era de 4,7%. Mas a expectativa ainda é de que a inflação termine o ano em 3,5%, dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O indicador tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, o indicador pode ficar entre 1,5% e 4,5%.
(Foto: Ed Alves/CB/DA.Press)