O Ministério das Relações Exteriores emitiu nota neste sábado (7) em que condena os ataques do grupo terrorista Hamas no território de Israel, a partir da Faixa de Gaza.
Segundo o governo, não havia notícia de vítimas da comunidade brasileira em Israel e na Palestina até as 11h deste sábado.
No texto, o Itamaraty também “expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel”.
“Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”, escreve o ministério.
O Brasil, membro rotativo, preside o Conselho de Segurança das Nações Unidas até o fim de outubro. O governo informou que convocará reunião de emergência do órgão.
“O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”, diz o comunicado do Itamaraty.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), escreveu em uma rede social que “a guerra não é a solução para conflitos políticos ou de qualquer natureza”.
“O ataque do Hamas a Israel é inaceitável e cria mais um foco de tensão mundial. Devemos todos, inclusive o estado brasileiro, buscar o fim das hostilidades e o entendimento político. O caminho é o da paz”, seguiu Lira.
Ataques em Israel
O movimento islâmico armado Hamas bombardeou Israel na manhã deste sábado, pelo horário local, em um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos.
Os ataques aconteceram principalmente na parte sul do país. Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”.
O grupo Hamas reivindicou o ataque e afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território. Segundo os serviços de emergência de Israel, ao menos 40 pessoas morreram e outras 740 ficaram feridas. (Foto: AP)