Criada CPI mista para investigar atos terroristas de 8 de janeiro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu nesta quarta-feira (26) o pedido de criação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que vai investigar os atos extremistas de 8 de janeiro.

Na prática, com a leitura do requerimento na sessão do Congresso, a CPI mista dos Atos está criada, faltando apenas a publicação do ato no Diário Oficial da União. O colegiado do Congresso, proposto por parlamentares de oposição, será formado por 16 deputados e 16 senadores titulares e terá duração de até seis meses.

Durante os atos, manifestantes invadiram os prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal e destruíram móveis, equipamentos de trabalho e vidraças, além de danificar diversas obras de arte.

Desde então, diversos vândalos foram presos, denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e até já se tornaram réus – ou seja, vão responder a ações penais na Justiça e podem ser condenados ou absolvidos.

Leitura do requerimento

A leitura do requerimento aconteceu em sessão do Congresso Nacional, da qual participaram deputados e senadores. O pedido de criação do colegiado é de autoria do deputado André Fernandes (PL-CE), que é investigado no STF por suposto envolvimento nos atos extremistas.

Inicialmente, o governo Lula se manifestava publicamente contra a criação da CPI. O discurso mudou depois que o general Gonçalves Dias foi demitido do cargo de ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência.

Imagens divulgadas na semana passada mostram que Dias esteve no Palácio no dia dos ataques e circulou entre invasores. Com a repercussão do caso, o governo viu que não conseguiria mais barrar a criação da CPI mista.  (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

 

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