Depois de dezesseis dias de operações, a equipe de busca dedicada ao resgate das vítimas do colapso da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira será interrompida, mas poderá ser reiniciada caso novas pistas sobre a localização de vítimas apareçam, conforme anunciou a Marinha do Brasil em um comunicado. Até esta terça-feira (7), três pessoas ainda estão desaparecidas.
Conforme anunciado pela instituição, as ações iniciais foram focadas nas regiões com maior chance de encontrar as vítimas perto dos automóveis e dos destroços acumulados no leito do Rio Tocantins. Uma segunda etapa da busca ativa começou em 5 de janeiro, com a reestruturação das equipes de salvamento e a realização de inspeções em áreas próximas ao ponto do colapso. “Essas iniciativas levaram à descoberta de 14 corpos, de um total de 17 desaparecidos, além do salvamento de um sobrevivente”, afirma.
Nesta quarta-feira (8), a segunda fase será interrompida com a abertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, a fim de liberar o excesso de água do reservatório devido às chuvas na região. Antes dessa fase, a Marinha realizará um intenso trabalho de limpeza final. “Graças ao valioso suporte do Consórcio Estreito Energia (Ceste), conseguimos uma nova oportunidade de mergulho programada para hoje (7), o que possibilita a finalização de um ciclo técnico que preenche quaisquer lacunas nas áreas já investigadas.”
Equipamentos modernos
De acordo com a organização, as atividades de mergulho serão finalizadas, e os militares continuarão a monitorar a área, focando na supervisão das balsas e outras embarcações. “Se as investigações realizadas até o fim do dia 7 não revelarem novas pistas que ajudem a encontrar os últimos desaparecidos, a operação chegará ao seu limite técnico e operacional”, afirmou a Marinha.
A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conectava os estados do Maranhão e Tocantins através da BR-226, colapsou no final da tarde de 22 de dezembro de 2024. As operações de busca e salvamento começaram ainda naquele dia, utilizando barcos.
Em 23 de dezembro, começou a operação de um grupo de 64 mergulhadores treinados, formado por integrantes da Marinha do Brasil e dos Corpos de Bombeiros de Maranhão, Tocantins, Pará, São Paulo e do Distrito Federal. Foram utilizados também drones tanto subaquáticos quanto aéreos, além de outros dispositivos especializados, como uma câmara hiperbárica, a fim de assegurar a segurança dos mergulhadores. (Foto: Marinha)