Lula indica três novos nomes para a diretoria do Banco Central

Indicados por Lula serão maioria dos diretores do BC

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhará na próxima semana mensagem ao Senado Federal com a indicação dos três novos diretores do Banco Central. A informação foi dada pelo próprio BC nesta sexta-feira. Caso as indicações sejam aprovadas pelo Senado em 2024, os indicados passarão a exercer o cargo de diretor do Banco Central do Brasil a partir de 1° de janeiro de 2025.

Com a mudança, o governo Lula passará a ter indicado a maioria entre os membros da diretoria do Comitê de Política Monetária (Copom) caso os nomes sejam aprovados. A mesa é composta por nove diretores e seis deles terão sido indicados pelo presidente Lula. O diretoria do Copom é responsável por definir a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. A cada 45 dias os membros se reúnem para votar se mantém, abaixa ou aumenta a taxa de juros. O patamar da Selic, atualmente em 10,75% ao ano, é alvo de reclamação do governo.

Ao migrar para presidência do BC, Galípolo vai deixar vago seu cargo atual, de diretor de Política Monetária. Além dessa cadeira, o governo também escolheu nomes para a diretoria de Regulação (hoje ocupada por Otavio Damaso) e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta (que hoje é chefiada por Carolina de Assis Barros). Os mandatos do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, e de Damaso e Carolina terminam em 31 de dezembro deste ano.

Historicamente, as diretorias de Regulação e Relacionamento são ocupadas por técnicos de carreira do BC. Nos corredores da autarquia, o nome do atual chefe de Departamento de Regulação do Sistema Financeiro, Gilneu Vivan, já era considerado um nome forte para substituir Damaso.

 

Confira o perfil dos indicados

 

Nilton José Schneider David

Atualmente é chefe de Operações Tesouraria do Bradesco. Segundo o BC, ele tem “grande experiência” no mercado financeiro, tendo trabalhado em diversas instituições no Brasil e no exterior. É graduado em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia Politécnica da Universidade de São Paulo – USP.

 

Izabela Moreira Correa

É servidora do Banco Central desde 2006 e a atual Secretária de Integridade Pública da Controladoria-Geral da União. Foi pesquisadora de pós-doutorado na Escola de Governo da Universidade de Oxford e possui doutorado em Governo pela London School of Economics and Political Science (2017). É mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e graduada em administração pública pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro.

 

Gilneu Francisco Astolfi Vivan

É servidor do Banco Central desde 1994, atualmente é chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor). Mestre e bacharel em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Até o início de 2024, atuou como chefe do Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro Nacional. Também representou o Brasil em diversos grupos internacionais, tais como Analytical Group on Vulnerabilities, do Financial Stability Board, responsável por avaliar as ameaças ao sistema financeiro mundial.

 

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