Segundo PF, investigado “se vangloriava” de crimes na internet e afirmou ter vazado “dados sensíveis” de 80 mil membros da InfraGard
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira (16) um hacker suspeito de invadir os sistemas da PF e de instituições internacionais, como a fabricante europeia de aeronaves Airbus e a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Ele foi detido preventivamente em Belo Horizonte. Os agentes também cumpriram um mandado de busca em seu endereço.
Alvo da operação Data Breach, o investigado “se vangloriava”, segundo a PF, de invasões cibernéticas em alguns países. Em sites na internet, afirmou ter vazado dados sensíveis de 80 mil membros da InfraGard, organização de compartilhamento e análise de informação que tem como parceiros o Federal Bureau Investigation (FBI) e empresas norte-americanas.
Ainda de acordo com a PF, o suspeito também teria feito duas publicações de venda de dados da Polícia Federal, em maio de 2020 e fevereiro de 2022. “No meio virtual, o hacker é conhecido por ser um ator malicioso responsável pelo vazamento de grandes bases de dados de informações pessoais, incluindo as de empresas como Airbus e a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos”, descreve a PF, em nota.
“O preso se vangloriava de ser o responsável por diversas invasões cibernéticas realizadas em alguns países, afirmando, em sites na internet, ter divulgado dados sensíveis de 80.000 membros da InfraGard, uma parceria entre o Federal Bureau Investigation (FBI) e entidades privadas de infraestrutura crítica dos Estados Unidos da América”, complementa o comunicado.
O suspeito deve responder por crimes de invasão de dispositivo informático, “qualificado pela obtenção de informações, com causa de aumento de pena pela comercialização dos dados obtidos”, conforme a polícia. A investigação segue em andamento para apurar outras invasões cibernéticas possivelmente cometidas pelo hacker.
(Foto: ilustração/PF)