ONS recomenda ao governo a volta do horário de verão

Previsão de economia é de R$ 400 milhões, com a redução de acionamento das usinas termelétricas. Decisão final deve ser anunciada nos próximos dias

 

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com a aprovação de todo o sistema de monitoramento da energia elétrica nacional, enviou um documento ao Ministério de Minas e Energia (MME) no qual recomenda a volta do adiantamento em uma hora no horário normal a partir do ano de 2025.

No entanto, o governo federal ainda irá avaliar o cenário, antes de optar pela medida. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, uma decisão deve ser tomada nos próximos dez dias. Se for adotada, a medida valeria ainda para 2024, não necessariamente em todo o verão.

Alexandre Silveira disse que, apesar da indicação da ONS, não há risco energético em 2024 graças ao planejamento adotado. Por isso, a adoção do horário de verão ainda será melhor avaliada. Entretanto, o ministro destacou que é preciso pensar a longo prazo, com o olhar em 2025 e 2026.

Silveira apontou o horário de verão como uma medida que contribui para a sustentabilidade energética e citou o Canadá como exemplo de outro país que adota o mecanismo. “Caso seja decretado, teremos um tempo de planejamento para que os setores se adequem. É uma decisão que mexe com a vida de todos os brasileiros”, disse o ministro, em coletiva, nesta quinta-feira, na sede da ONS, no Rio de Janeiro.

Segundo o cálculo feito pela entidade sem fins lucrativos, o Brasil pode ter uma economia em torno de R$ 400 milhões, caso o horário de verão retorne a partir do próximo ano. Este valor considera a redução no acionamento das usinas termelétricas e a maior participação do abastecimento solar nas residências e estabelecimentos comerciais, além de indústrias, iluminação pública e outros exemplos.

Instituído em 1931 no Brasil, o horário de verão funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando o governo passado decidiu revogá-lo, em abril de 2019, alegando pouca efetividade na economia energética.

(Foto: Freepik)

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