Starlink pode perder registro se recusar a bloquear X, diz Anatel

Segundo o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, caso se confirme o descumprimento da decisão judicial de bloquear o acesso ao X (antigo Twitter), a Starlink deve ser alvo de um processo administrativo

 

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que está checando se a Starlink, grupo pertencente ao bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), descumpre a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a rede social X no Brasil. A empresa havia informado à agência que não iria cumprir a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que já tem maioria de votos na Primeira Turma para ser confirmada.

Segundo a Anatel, se a empresa estiver descumprindo a decisão judicial, a agência poderá abrir um processo administrativo. A informação foi divulgada pelo presidente da Anatel, Carlos Baigorri, que foi entrevistado, nesta segunda-feira (2), pelo programa Estúdio i, da GloboNews.

Na sexta-feira (30), Moraes suspendeu o X no Brasil e deu 24 horas para que a Anatel notificasse as operadoras. A agência informou que notificou as prestadoras e informou o cumprimento da decisão ao STF às 17h do último sábado. A partir de então passou a contar o prazo de cinco dias para derrubar o acesso ao X.

Nesta segunda, a Primeira Turma do STF votou, potr unanimidade, para manter a decisão do ministro Moraes. Até o fim da sessão, os ministros podem alterar seus votos, pedir vista ou destaque. Neste domingo (1º), a Starlink comunicou ao presidente da Anatel que não vai cumprir a decisão de Moraes. A empresa avisou que não vai seguir a ordem até que as contas da empresa, bloqueadas também por determinação do ministro, sejam desbloqueadas pela Justiça.

Ainda na sexta-feira, Moraes determinou a suspensão imediata, completa e integral do funcionamento da rede social até que todas as ordens judiciais dadas por ele sejam cumpridas, as multas devidamente pagas e seja indicado, em juízo, a pessoa física ou jurídica representante em território nacional. O ministro afirmou que o X tentou fazer com que as redes sociais fossem uma “terra sem lei”, o que representaria um “gravíssimo risco” às eleições municipais, que serão realizadas em outubro.

(Foto: Reprodução)

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