A Justiça Eleitoral negou pedido de liminar do Ministério Público Eleitoral para que a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo fosse suspensa por suposto abuso de poder político e econômico.
Na decisão, o juiz considerou que o pedido poderia causar problemas nas eleições, já que o nome do candidato seguiria constando nas urnas porque o trâmite de uma ação judicial é muito mais vagaroso.
“A concessão da liminar pleiteada […] poderá gerar a ausência do nome do candidato na urna eletrônica em razão de que o rito do registro é mais célere que o da Ação de Investigação Judicial Eleitoral, o que poderá acarretar perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão […], nulidade das eleições para prefeito e realização de novas eleições”, justificou o magistrado.
Outra parte da denúncia menciona a participação de Boulos em um evento na capital paulista, em maio deste ano, que contou com a presença de Lula (PT), em que o presidente teria feito um pedido explícito de voto em favor de Boulos.
O juiz disse que não ficou demonstrado pelo Ministério Público como o fato de ingressar com a ação poderia justificar a suspensão do registro de candidatura. “Desse modo, desrespeitar o rito do registro de candidatura previsto na legislação supramencionada violaria o princípio do devido processo legal previsto na Constituição”, completou.
Em nota, a equipe de Boulos falou sobre a negativa do juiz. “Na decisão, o juiz argumenta que não existem motivos no pedido do MPE – feito na terça-feira da semana passada – para a suspensão do registro e dá prazo de cinco dias para que o promotor faça adequações no pedido. Desse modo, desrespeitar o rito de registro de candidatura previsto na legislação supramencionada violaria o princípio do devido processo legal previsto na Constituição”.
Concorrente de Boulos nesta corrida eleitoral, Pablo Marçal (PRTB) também foi alvo do Ministério Público Eleitoral.
O órgão pediu a suspensão da candidatura do coach após representação do PSB, partido da candidata Tabata Amaral, afirmar que Marçal desenvolve uma “estratégia de cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteúdos em redes sociais”. (Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO)
Com informação do G1