O irmão de Julian Assange agradeceu ao que chamou de “esforço global” pela libertação do jornalista e ativista australiano, e citou autoridades como o presidente Lula e o Papa Francisco. O fundador do WikiLeaks concordou em se declarar culpado em um tribunal dos Estados Unidos por revelar segredos militares, em troca da sua liberdade.
Gabriel Shipton comemorou a libertação do irmão. “Estamos muito felizes e emocionados”, disse, em entrevista à rede de televisão norte-americana Sky News. “Conquistar a liberdade de Julian Assange tem sido um esforço global e é crédito de todos. Do papa, que defendeu Julian, o presidente Lula, do Brasil, o primeiro-ministro australiano. Foi um esforço global para libertar Julian”, disse Gabriel Shipton.
Assange firmou um acordo com a Justiça dos Estados Unidos e foi libertado da prisão onde estava, em Londres, Inglaterra. Ele vai se declarar culpado das acusações de espionagem. Porém, como já cumpriu a pena, será libertado em seguida, e deve seguir para a Austrália, onde tem cidadania.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou a libertação de Assange. “O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, escreveu Lula em sua conta no X.
Antes disso, Lula já havia comentado sobre o caso do ativista. Em maio, também pelas redes sociais, o presidente disse que Assange deveria ter ganhado o Prêmio Pulitzer. “Julian Assange, o jornalista que deveria ter ganhado o Prêmio Pulitzer ao revelar segredos dos poderosos, ao invés disso está preso há 5 anos na Inglaterra, condenado ao silêncio de toda a imprensa que deveria estar defendendo a sua liberdade como parte da luta pela liberdade de expressão. Espero que a perseguição contra Assange termine e ele volte a ter a liberdade que merece o mais rápido possível”, escreveu. (Foto: Reprodução Internet)