O vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deve ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por espionagem ilegal, no caso conhecido como “Abin Paralela”.
O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e ex-Diretor-Geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que deve disputar à prefeitura do Rio de Janeiro, também deve ser indiciado.
A PF ainda avalia o indiciamento do ex-presidente.
Em janeiro, Carlos Bolsonaro chegou a ser alvo de mandados de busca e apreensão. Além dele, sete policiais federais foram suspensos do exercício de suas funções,
Relembre o caso
A PF investiga a suspeita de uso indevido da estrutura da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro, que monitorava ilegalmente autoridades públicas, como os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, além de jornalistas e adversários políticos.
A investigação aponta que a Abin teria realizado cerca de 33 mil monitoramentos ilegais. O esquema utilizava um software chamado FirstMile, que é capaz de invadir a rede de telefonia para, a partir do número de celular, saber a geolocalização do alvo, foi adquirido com recursos públicos, mas o seu teria sido desviado por servidores da agência.
A Polícia Federal já fez operações de buscas na residência de Carlos, além da casa de veraneio da família Bolsonaro, em Angra dos Reis.
Para investigadores, o caso da Abin Paralela está diretamente conectado com as investigações sobre outra estrutura informal para disseminar fake news contra rivais, o chamado Gabinete do Ódio.
As informações são da CNN Brasil. (Foto: Renan Olaz/CMRJ)