O Banco Central divulgou nesta quarta-feira (7) que R$ 7,59 bilhões estão disponíveis para resgate no Sistema de Valores a Receber (SVR). Os dados são do mês de dezembro.
O sistema é um serviço do BC no qual é possível consultar se pessoas físicas, inclusive falecidas, e empresas têm algum “dinheiro esquecido” em banco, consórcio ou outra instituição.
Segundo o BC, desse total, estão disponíveis:
R$ 6,03 bilhões para cerca de 39,9 milhões de CPFs; e
R$ 1,56 bilhão para 3,1 milhões de CNPJs.
De acordo com a instituição, 63,49% dos resgates devem ser de até R$ 10.
Entre R$ 0 e R$ 10 – 63,49%
Entre R$ 10,01 e R$ 100 – 25,11%
Entre R$ 100,01 e R$ 1.000 – 9,68%
Acima de R$ 1.000,01 – 1,73%
Número de beneficiários por faixa de valor a receber:
entre R$ 0,00 e R$ 10,00: 31.193.989 beneficiários
entre R$ 10,01 e R$ 100,00: 12.336.433 beneficiários
entre R$ 100,01 e R$ 1.000,00: 4.753.911 beneficiários
acima de R$ 1.000,01: 850.822 beneficiários
Ainda segundo o BC, o beneficiário com valores a receber em mais de uma faixa é contado mais de uma vez. Até o final de 2023, R$ 5,7 bilhões já tinham sido resgatados.
Os valores “esquecidos” estão principalmente em bancos, que concentram quase R$ 4,4 bilhões do total. Veja a distribuição:
Bancos – R$ 4,4 bilhões;
Administradoras de consórcio — R$ 2,2 bilhões;
Cooperativas – R$ 753 milhões
Instituições de pagamento – R$ 116,2 milhões;
Financeiras – R$ 108,4 milhões;
Corretoras e distribuidoras – R$ 9,4 milhões;
Outros: R$ 4,5 milhões.
Como consultar e resgatar
Evite golpes. O único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores é o https://valoresareceber.bcb.gov.br.
É importante ressaltar que, via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave PIX para a devolução.
Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação.
No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade.
Após a consulta, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos. (Foto: Reprodução)