Para identificar diferenças de qualidade nos azeites de oliva, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária no RS realiza análises sensoriaisPara identificar diferenças de qualidade nos azeites de oliva, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária no RS realiza análises sensoriais Divulgação
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nota nesta quarta-feira (06/09) para esclarecer sobre informações divulgadas indicando que 84% dos azeites de oliva importados como extravirgem são fraudados. O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária relata que não se trata de fraude no produto, e sim irregularidade na classificação do tipo – extravirgem, virgem ou lampante – que está relacionado à qualidade ofertada ao consumidor.
No comunicado, o Mapa explica que “a fraude é dita quando em análises realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) é detectada a substituição do azeite de oliva por óleo vegetal (óleo de soja, girassol, ou canola) e adição de corantes e aromas não permitidos”.
Já a irregularidade de classificação do tipo está ligada à qualidade do que é ofertado. Neste caso, o azeite é legítimo, originário da oliveira, mas possui diferenças de qualidade onde devem ser identificadas características sensoriais que atribuem superioridade ou não ao produto. E é aqui que o produto importado está inserido.
Análises
Para identificar as diferenças de qualidade nos azeites de oliva ofertados ao consumo, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária no Rio Grande do Sul (LFDA-RS) realiza análises sensoriais do produto para provar e identificar nele aromas e sabores. A ação é complementar a análises laboratoriais físico-químicas de confirmação da identidade e qualidade do produto.
O painel é formado por um grupo de painelistas treinados, capazes de identificar sensorialmente pequenas variações de qualidade em azeites. A análise sensorial é o único método para determinar o tipo de azeite e está prevista na Instrução Normativa nº 01/2012.
Neste ano, o grupo de painelistas recebeu amostras de azeite de oliva importado, especialmente aquelas coletadas nas fronteiras pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), para análise de classificação.
Até o momento, foram analisadas 46 amostras, a maioria das quais correspondendo a cargas importadas a granel. Dessa amostragem, 82,6% apresentaram irregularidades, indicando que estavam sendo importadas e comercializadas como azeite de oliva extravirgem, apesar de não atenderem aos padrões sensoriais dessa classificação. (Foto: Reprodução)