Marcha das Margaridas é aberta em Brasília com presença de ministros do governo

Mais de 100 mil mulheres devem participar da marcha até a Esplanada dos Ministérios, marcada para a manhã de quarta-feira (16)

 

A cerimônia de abertura oficial da Marcha das Margaridas ocorreu na noite desta terça-feira (15), no pavilhão do Parque da Cidade, em Brasília, e reuniu mais de 100 mil mulheres do campo, da floresta, das águas. O evento ainda contou com a presença de representantes dos movimentos sindicais e de 13 ministros do governo federal.

Estiveram presentes as ministras Ana Moser, do Esporte; Anielle Franco, da Igualdade Racial; Cida Gonçalves, das Mulheres; Luciana Santos, da Ciência e Tecnologia; Margareth Menezes, da Cultura; Marina Silva, do Meio Ambiente; Nísia Trindade, da Saúde; e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas. E os ministros André de Paula, da Pesca e Aquicultura; Juscelino Filho, das Comunicações; Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário; Wellington Dias, do Desenvolvimento Social; e Carlos Favaro, da Agricultura e Pecuária.

Marcado para às 17h, o evento começou por volta das 19h30 com discurso de Mazé Morais, coordenadora-geral da Marcha das Margaridas e secretária nacional de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). “Essa edição da Marcha das Margaridas renderá frutos históricos capazes de mudar a vida de mulheres por meio de uma plataforma de resistência”, exaltou Mazé. O lema da edição de 2023 é Pela Reconstrução do Brasil e Pelo Bem Viver.

Treze eixos de reivindicações foram organizados pelo movimento e entregues ao poder público. A expectativa é de na quarta-feira (16), quando ocorre a marcha até a Esplanada dos Ministérios, sejam anunciadas mais ações em prol “das mulheres do campo, da floresta e das águas”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também deve fazer anúncios em resposta às principais demandas das mulheres. Ainda em junho, a organização da marcha levou a pauta de solicitações ao governo federal.

A Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, confirmou que o governo federal fará anúncios relacionados a pauta do evento. “Quando as mulheres marcham, não marcham só por elas, marcham pelo Brasil, pelos filhos, pela vida, pela dignidade, cidadania e democracia”, disse. Ela enalteceu a iniciativa do movimento em que participantes marcham por seus ideais e por um país mais justo e pacífico. “Nós não queremos que seja o país do ódio e da raiva. Queremos que seja o país da paz”, acrescentou.

Já Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, emocionou-se ao ver a homenagem prestada a irmã Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. “Não vão nos intimidar, não vão nos calar”, exaltou.

(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

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