‘Triplo reconhecimento’, diz Marina sobre escolha do Brasil para sediar a COP 30

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, comemorou a escolha de Belém como sede da 30ª Edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em 2025.

Em entrevista à Globo News, na noite de sexta-feira (26), Marina ressaltou que as COPs são realizadas em países com “determinadas características”.

No caso do Brasil, ela avalia que a escolha se deu em reconhecimento a pelo menos três aspectos.

De acordo com a ministra, algumas escolhas são “por endereçamento”. Nesse caso, são sedes “países que, geralmente, têm uma certa dificuldade, uma complexidade com o acolhimento do tema, da mudança do clima, e a COP vai para lá exatamente para endereçar a necessidade da ação climática a ser feita em relação a determinadas questões, como é o caso de um dos maiores vetores de emissão de CO₂ que é a exploração do petróleo”, disse. Marina citou como exemplos a próxima edição do evento (COP 28), que vai ser realizada neste ano, nos Emirados Árabes Unidos, a do ano passado, realizada no Egito, e a 18º edição do evento, que foi em Doha, no Catar, em 2012.

“Ou as COPs são realizadas por reconhecimento, que é o caso do Brasil. E o Brasil tem um triplo reconhecimento”. Para Marina, o primeiro reconhecimento é o fato do país ter sido sede da ECO 92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro. “Aqui que surgiram as grandes convenções do clima, da biodiversidade, a convenção da desertificação. Todas as bases da Agenda 21, da Carta da Terra”.

“Evitou lançar na atmosfera 5 bilhões de toneladas de CO₂, sendo a maior contribuição individual dada até hoje na redução de CO₂”, explicou Marina Silva.

Ainda na avaliação de Marina, o terceiro reconhecimento é o fato de que agora o Brasil sinaliza muito fortemente que a questão do clima está no topo da prioridade dos problemas a serem enfrentados. “E que nós vamos dar uma contribuição chegando ao desmatamento zero em 2030”, completou. (Foto: MMA/Reprodução)

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