Moraes manda PF ouvir executivos de big techs após ofensiva contra PL das Fake News

Ministro também determinou exclusão integral, em no máximo uma hora, de conteúdos impulsionados com críticas ao projeto

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, na tarde desta terça-feira (2), que a Polícia Federal (PF) ouça o diretor do Google no Brasil sobre a publicidade contra o projeto de lei das fake news. O magistrado também ordenou que os presidentes das empresas Meta, Spotify e Brasil Paralelo no país sejam chamados pela coorporação para depoimentos sobre o mesmo tema. Moraes determinou ainda que as companhias excluam conteúdos impulsionados que tenham críticas a proposta, conhecida como PL das Fake News.

O magistrado apontou que as big techs podem estar influenciando negativamente a população sobreproposta e que pode haver “indícios de que outras plataformas estariam desrespeitando dolosamente suas próprias regras de conduta e restrições à publicidade para auto favorecimento”.

Na decisão, Moraes destacou o grau de responsabilidade das empresas. “Com absoluto respeito à liberdade de expressão, as condutas dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada e seus dirigentes precisa ser devidamente investigada, pois são remuneradas por impulsionamentos e monetização, bem como há o direcionamento dos assuntos pelos algoritmos, podendo configurar responsabilidade civil e administrativa das empresas e penal de seus representantes legais”, disse.

Pela manhã, o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom), notificou o Google, para que a plataforma promova adequações nas buscas e anúncios sobre o projeto das Fake News. Segundo o documento, será aplicada uma multa de R$ 1 milhão por hora em caso de descumprimento. (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF/Reprodução)

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