Advogados protocolaram nesta sexta-feira (4) o pedido desbloqueio da rede social. Empresa informou a corte que todas as pendências apontadas pelo ministro Alexandre de Moraes em decisão foram quitadas
Os advogados do X (antigo Twitter) protocolaram nesta sexta-feira (4), no Supremo Tribunal Federal (STF), comprovantes do pagamento de multas aplicadas pelo ministro Alexandre de Moraes. A empresa recebeu um depósito internacional que viabilizou a quitação dos valores devidos. Com o envio dos documentos, a empresa do bilionário Elon Musk pede que a rede seja desbloqueada no Brasil.
A plataforma está suspensa desde o final de agosto, por decisão do magistrado. No dia 30 de agosto, Moraes determinou que o X fosse retirado do ar no Brasil em razão da reiterada prática de descumprir determinações judiciais. Musk acusou o magistrado de censura e de violar a Constituição Federal ao determinar o bloqueio de diversas contas na plataforma, entre elas do youtuber Bruno Aiub, o Monark, e do senador Marcos do Val, acusados de usarem seus perfis na plataforma para compartilhar desinformação e atacar as instituições.
O empresário disse que as ordens não estão fundamentadas. A partir daí, o bilionário começou uma incursão de ataques ao Supremo, a Moraes e ao governo brasileiro. Sem o cumprimento das decisões, o X recebeu diversas multas. A empresa então anunciou a demissão de toda sua equipe no Brasil — fazendo com que a rede deixe de ter representante legal no país — o que viola um dos artigos do Marco Civil.
Moraes então determinou o bloqueio de contas e bens, como imóveis, automóveis, aviões e embarcações da Starlink, por considerar que a empresa de internet faz parte do mesmo grupo econômico do X. O ministro também determinou que a rede apresentasse o nome de um novo representante no país — determinação que também foi cumprida, assim como a constituição de advogados. O magistrado não tem prazo para decidir sobre o retorno da plataforma. Porém, em decisão anterior, afirmou que assim que as multas fossem quitadas, o X poderia voltar de maneira “imediata”.
(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)