(*) Henrique Acker – A visita de Lula à China reveste-se de especial importância, no momento em que Xi Jinping coloca o país no centro de um possível processo de negociação de paz na Ucrânia, além de uma provável retomada dos BRICS, com o retorno do Brasil ao cenário internacional.
Mas o comércio entre os países estará na pauta do encontro entre os dois chefes de Estado. Uma comitiva de 60 empresários brasileiros de diversos ramos econômicos acompanha Lula, além de um grupo de 39 parlamentares, entre eles os presidentes do Senado e da Câmara.
Desde o primeiro governo Lula o volume de negócios entre China e Brasil cresceu e modificou a balança comercial brasileira. Hoje, a China é o país que mais vende (22,6%) e mais compra do Brasil (27,2%, de acordo com dados de 2022 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Os números do comércio entre os dois países assumiram tamanha proporção que de 24 setores de produtos importados pelo Brasil para a indústria de base e de tecnologia avançada, 17 têm predominância de produtos chineses. Os EUA ainda têm papel determinante em apenas três segmentos de importados.
Em relação aos destinos das exportações brasileiras, foi registrado crescimento em valor para os principais parceiros comerciais do Brasil em 2022, como a própria China (aumento de 1,5% na média diária, para um total de US$ 91,3 bi), União Europeia (aumento de 39,6% para US$ 51 bi), Estados Unidos (20,2%, para US$37,4) e Argentina (29,3% para 15,4 bi).
Os produtos mais exportados pelo Brasil para a China em 2022 foram commodities, como minério de ferro, soja e petróleo. Entre as oportunidades de diversificação das exportações brasileiras, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX Brasil) identifica 456 oportunidades, com destaque de condições favoráveis para a ampliação das exportações de milho, aço, cobre, café, madeira, algodão, carne suína e amendoim. (Twitter/Reprodução)
(*) Por Henrique Acker – Correspondente Internacional