Acusação por violência sexual em 1987 gerou revolta e rejeição entre os torcedores nas redes sociais.
A torcida do Corinthians não gostou nada da contratação do técnico Cuca, anunciado nesta quinta-feira, 20, para substituir Fernando Lázaro.
O motivo?
Uma acusação por violência sexual em 1987, que gerou revolta entre os torcedores nas redes sociais.
O comandante estava livre no mercado desde o fim do ano passado, quando deixou o Atlético-MG, após a disputa do Campeonato Brasileiro.
Cuca ainda teve passagens por três rivais do Timão – Santos, São Paulo e Palmeiras -, sendo vitorioso sob o comando do arquirrival alviverde.
Entenda o caso
Em 1987, quando ainda era jogador e vestia a camisa do Grêmio, Cuca ficou um mês detido na Suíça por abuso sexual.
O episódio que ficou conhecido como o “Escândalo de Berna”, cidade onde ele estava na época, junto com a delegação gemista, para uma excursão.
Ele e outros três atletas do clube gaúcho foram condenados por violência sexual contra uma adolescente de 13 anos. Por intermédio diplomático, os quatro foram liberadores e voltaram ao Brasil.
“É uma coisa que eu tenho uma lembrança muito vaga, até porque não houve nada. Não houve estupro como falam, como dizem as coisas. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual”, afirmou o treinador sobre caso para a jornalista Marília Ruiz.
Nota de torcida
A camisa 12, segunda principal torcida organizada do Corinthians, se manifestou de forma contrária à chegada do técnico Cuca. A organização alega que essa é “uma das maiores vergonhas” que o clube já impôs para seus torcedores e disse que o sentimento é de ” total repulsa”.
Confira a nota completa da camisa 12:
“Viemos a público manifestar nossa total repulsa a uma das maiores vergonhas que o Corinthians acaba de nos impor, que é a contratação desse treinador.
Nossa história jamais pode aceitar uma pessoa com um crime hediondo (condenado em julgado) e que não cumpriu sua pena de 3 anos, entre seus quadros de funcionários.
O Corinthians foi fundado para ser o clube dos excluídos, dos pobres, que abraçou muita gente. O que está em jogo é a reputação de um dos maiores movimentos sociais desse País.
Não aceitamos que esse treinador use a camisa da Democracia Corinthiana, tão representativa em nossa história.
Duílio, honre a história que seu pai construiu, como presidente da Democracia Corinthiana, e desfaça essa besteira histórica que você acaba de divulgar”.
Foto: LC Moreira / Futura Press