Vendas para o Dia das Mães devem superar R$ 13 bilhões no Brasil

Uma estimativa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) aponta que o volume de vendas no comércio varejista brasileiro voltado para o Dia das Mães deve atingir R$ 13,2 bilhões em 2024. O valor representa aumento de 3,5% em relação à movimentação financeira real observada no ano passado. Conforme o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o momento é positivo.

“As duas pesquisas realizadas pela Confederação que medem as perspectivas do comércio tanto do ponto de vista dos varejistas quanto dos consumidores apontam crescimento do setor”, afirma Tadros.

Ele lembra que o indicador que mede a confiança dos varejistas em relação às condições atuais de suas empresas aumentou 6,4% em relação a março e a intenção de consumo teve a primeira alta em quatro meses, com avanço de 0,4%. “O orçamento menos apertado das famílias deve favorecer as compras em praticamente todos os segmentos”, ressalta.

São Paulo (R$ 3,9 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,4 bilhão), Rio de Janeiro (R$ 1,1 bilhão) e Rio Grande do Sul (R$ 967 milhões) devem concentrar 57% das vendas. As 12 maiores Unidades da Federação deverão registrar avanços nos volumes de vendas locais, sendo Espírito Santo e Bahia os maiores destaques relativos às altas esperadas – ambos com projeção de 6,3%.

 

Preferidos 

A maior previsão de faturamento é do segmento de vestuário, calçados e assessórios: R$ 5,1 bilhões, um avanço de 2,1% na comparação com 2023. Em seguida, vem o ramo de farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos, com previsão de R$ 2,6 bilhões.

Os estabelecimentos especializados na venda de móveis e eletrodomésticos devem responder por R$ 1,8 bilhão, enquanto os de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, R$ 1,8 bilhão. A maior alta, no entanto, está prevista para o ramo de hiper e supermercados, que deve ter aumento de 6% nas vendas e chegar a aproximadamente R$ 1,2 bilhão.

A desaceleração da inflação observada ao longo dos últimos meses deve refletir na cesta de consumo típica da data, cuja tendência de alta é de 2,5%, em média, a menor variação desde 2020, quando o aumento foi de 1,2%.

Um dos destaques é a queda dos preços de itens usualmente mais caros, como smartphones, que tiveram queda de 8,4%; joias, com redução de 7,9%; e aparelhos de som, com diminuição de 5,1%. Por outro lado, aparelhos de ar-condicionado aumentaram expressivos 22%, livros tiveram alta de 11,5% nos preços, e tênis ficaram 9% mais caros que no ano passado.

 

Consumo 

Conforme o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes, as condições de consumo do brasileiro favorecem um Dia das Mães mais gordo. “A expectativa mais positiva para a data neste ano se dá por conta das melhores condições das taxas de juros e do mercado de trabalho, o que melhora o poder de compra tanto à vista como a prazo”, explica Bentes.

O economista destaca que a taxa média de juros para pessoas físicas atingiu um pico de 59,87% ao ano em maio do ano passado e, depois disso, assumiu uma trajetória de queda, o que influencia diretamente o planejamento das famílias para este Dia das Mães.

Em fevereiro deste ano, a taxa estava em 52,46% ao ano, o menor patamar desde junho de 2022, de acordo com o Banco Central. Completam o cenário a menor taxa de desocupação do mercado em 10 anos e a desaceleração da inflação, que fechou o primeiro trimestre em 1,4%, o menor percentual dos últimos quatro anos. (Foto: Brasil de Fato)

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