As comercializações de automóveis novos no Brasil apresentaram um aumento de 12% em comparação a fevereiro de 2024, conforme o relatório publicado nesta segunda-feira (10) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entidade que representa as concessionárias de veículos. Ao todo, foram vendidas 185 mil unidades, incluindo automóveis de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.
Em relação a janeiro, as vendas aumentaram 8%. Isso resultou em um crescimento total de 9% no setor durante os dois primeiros meses do ano, com 356,2 mil veículos registrados. O desempenho de fevereiro foi o mais elevado para esse mês desde os 200.997 emplacamentos registrados em 2020, de acordo com informações do setor.
A projeção da Fenabrave, apresentada em janeiro, indica um aumento de 5% nas vendas de veículos novos para este ano, considerando a expectativa de desaceleração devido aos juros elevados. Caso essa previsão se confirme, o ano encerrará com aproximadamente 2,77 milhões de veículos vendidos. Já as vendas de motocicletas cresceram 14,4% em comparação ao ano anterior no mês passado, totalizando 156 mil unidades comercializadas, superando a venda de carros de passeio, que foi de 134,8 mil unidades no mesmo período.
De acordo com os dados da Fenabrave, o setor de motocicletas continua a crescer, impulsionado pela crescente demanda por serviços de entrega e pela preferência dos consumidores por veículos que sejam mais acessíveis e econômicos no consumo de combustível. Comparando os meses de janeiro e fevereiro, houve um aumento de 2,6% nas vendas de motos.
No Brasil, durante o primeiro bimestre, foram comercializadas 307,9 mil motocicletas, o que representa um crescimento de 10,1% em relação aos dois primeiros meses de 2024. A Fenabrave estima que, em 2025, as vendas de motos aumentem em 10%, totalizando 2,06 milhões de unidades.
A fabricante chinesa BYD, que está erguendo uma planta de veículos eletrificados na Bahia, ocupou o nono lugar na lista dos automóveis mais comercializados em fevereiro, alcançando uma fatia de 5,17% do mercado. Isso acontece mesmo com a empresa atuando somente com modelos importados até o momento, uma situação que tem gerado desconforto entre os fabricantes tradicionais que estão agrupados na Anfavea.
Na semana anterior, a Anfavea, com o suporte da associação de fabricantes de autopeças Sindipeças, reiterou a necessidade de antecipar a reintegração do imposto de importação total no setor, em razão da chegada ao Brasil de um imponente navio da BYD que trouxe mais de 5,5 mil veículos novos importados.
A BYD declarou na oportunidade que tinha “estoques limitados” e que seu propósito é “satisfazer a crescente demanda do mercado até que a fabricação local comece em 2025”. Além disso, mencionou a necessidade de um “ambiente regulatório estável e previsível” para “assegurar a competitividade e a inovação no setor”. (Foto: Reprodução/ Fenabrave)