A gestora Península, responsável pela administração dos ativos da família Diniz, arrecadou R$ 850 milhões ao vender as ações remanescentes do Carrefour Brasil, resultando na eliminação de sua participação na cadeia de supermercados.
A transação ocorreu na Bolsa, com um valor médio de R$ 8,20 por papel. A Península detinha 4,906% do Carrefour Brasil, totalizando 103,47 milhões de ações.
A transação para a comercialização das ações aconteceu logo antes da reunião que irá decidir sobre a privatização do Carrefour na B3, onde ele está registrado como Atacadão.
A nova data da reunião foi fixada para o dia 25, após os representantes franceses elevarem em 10% o valor sugerido por cada ação, passando de R$ 7,70 para R$ 8,50. Com esse ajuste, a avaliação do Carrefour Brasil chega a R$ 17,9 bilhões.
Investidores de pequeno porte, como a Corporation de Gestão de Investimentos da Colúmbia Britânica (BCI), do Canadá, e a americana Wishbone Partners, expressaram insatisfação com a oferta anterior apresentada pela controladora francesa e indicaram que votariam contra a privatização. Atualmente, analistas acreditam que as probabilidades de aprovação cresceram.
A Península negociou suas ações por um valor inferior ao sugerido na oferta de retirada do mercado. No entanto, a gestora estava impedida de participar da votação na assembleia devido à sua inclusão no acordo de acionistas, o qual se encerrou na segunda-feira, dia 14, com a transação das ações. Já os novos proprietários dos papéis terão direito a votar.
Recentemente, a Península separou sua participação nas ações do GIC, o fundo soberano de Cingapura, que anteriormente eram contabilizadas em conjunto, totalizando aproximadamente 7,3% do capital. (Foto: Carrefour / Divulgação)