Vacinação contra Covid para crianças e grupos prioritários passará a ser anual

A partir de 2024, a vacinação contra a Covid-19 passará a ser anual para crianças e grupos prioritários, anunciou o Ministério da Saúde nesta terça-feira (31).

Assim, a partir do próximo ano, a imunização contra a doença será incluída no Calendário Nacional de Vacinação e priorizará crianças de 6 meses a menores de 5 anos e os grupos com maior risco de desenvolver as formas graves da Covid. Entre eles: idosos; imunocomprometidos; gestantes e puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com comorbidades; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores; pessoas com deficiência permanente; pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade e pessoas em situação de rua.

Segundo a pasta, a inclusão já passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI).

O que nós fizemos esse ano é trazer a vacina pra dentro do PNI (Programa Nacional de Imunização)”, afirmou Ethel Maciel, secretária de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde durante uma coletiva em Brasília na manhã desta terça.

“Assim, as vacinas contra a Covid serão obrigatórias no calendário das crianças, entre 6 meses e menores de 5 anos. E a gente passa a incorporar para grupos prioritários a vacinação anual”, acrescentou.

Para divulgar a iniciativa, a Ministério da Saúde vai lançar ainda uma nova campanha publicitária na primeira semana de novembro, que visa reiterar a importância da testagem, da vacinação e do tratamento contra a doença que, segundo Maciel, mata ainda “em torno de 42 pessoas” por dia em todo o país.

Atualmente, a vacinação contra a Covid está à disposição de toda a população, de graça, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para pessoas com mais de 6 meses de vida.

Segundo as orientações do Ministério, maiores de 18 anos que já tomaram ao menos duas que ainda não completaram o ciclo vacinal ou estão com alguma dose de reforço em atraso podem atualizar a caderneta nas unidades de saúde.

Nos últimos meses, o Brasil vem acompanhando uma tendência global de variação nos casos de Covid-19. Segundo o último relatório da Fiocruz, estados como Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo apresentam aumento de casos em adultos. Já a região Sul registra um crescimento mais lento.

Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, por outro lado, veem um leve aumento em casos de Síndrome Respiratórias Aguda (SRAG) positivos para Covid-19 em pessoas idosas, sem impacto significativo nos casos totais. O Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro, que anteriormente tinham alertas de crescimento, agora mostram indícios de estabilização nas notificações. Esses dados correspondem à semana epidemiológica 42, de 15 a 21 de outubro. (Foto:  AP Photo/Mary Altaffer)

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