Vacina contra dengue terá aplicação ampliada para crianças de 12 anos a partir de abril

Ministério da Saúde afirmou que definição só depende da disponibilidade de doses; o imunizante aprovado pela Anvisa é produzido pelo laboratório japonês Takeda

 

O Ministério da Saúde afirmou, nesta quarta-feira (21), que crianças com 12 anos devem começar a ser vacinadas a partir de abril. A depender do número de doses disponíveis, a faixa etária pode ser estendida até os 13 anos. O anúncio foi feito durante o lançamento da campanha contra a dengue nas escolas, em uma instituição do Sol Nascente, no Distrito Federal (DF). “Teremos os 521 municípios [definidos pelo ministério como prioritários] até o final de março vacinando 10 e 11 anos. Nós dependemos do cronograma da empresa Takeda e acreditamos que, com a entrega deles final de março, começaremos a distribuir no início de abril [mais doses]. Nós ainda não sabemos se iremos fazer 12 anos ou 12 e 13 anos, porque depende da quantidade que eles mandarem”, afirmou a secretária de Saúde e Meio Ambiente, Ethel Maciel.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reiterou que aguarda a fabricante da Qdenga, a Takeda, enviar cronograma com o número de doses que serão disponibilizadas. “A vacinação ocorreria independente do surto de dengue que estamos vivendo. E também, como tenho reiterado, [é necessário] situar a importância da vacina a médio e longo prazo, e a importância da prevenção hoje”, finalizou.

O governados do Distrito Federal, Ibanes Rocha, que também estava presente no evento, afirmou a contratação de 200 médicos temporários para ajudar no combate. Profissionais deverão ser alocados em tendas e hospitais setorizados na Capital. Para além, outros 90 especialistas, 180 técnicos, 156 enfermeiros e 115 agentes comunitários também devem ser admitidos. “Estaremos assinando o decreto ainda hoje”, afirmou o Ibanes.

Segundo a última atualização do Painel de Monitoramento de Arboviroses da pasta chefiada por Nísia Trindade, Brasília e região possuem 81 mil casos prováveis da doença. No cenário nacional, são 688 mil casos prováveis com 122 mortes comprovadas (outras 456 estão sob investigação).

(Foto: Divulgação/MS)

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