Tinto de açaí entra no nicho de mercado de vinhos

Paulo Roberto Ferreira, Especial para o Opinião em Pauta (*)  –   Quando se pensa em vinho associa-se logo ao produto a uva. Mas existe um fruto da Amazônia que permite a produção de uma bebida fermentada semelhante aos melhores tintos do Brasil. A polpa fermentada de açaí apresenta equivalência testada por 74% de especialistas da Embrapa Agroindústria Tropical, sediada em Fortaleza (CE), responsável pela avaliação dos vinhos do Vale do São Francisco.  O “Curiaú”, que é um tinto seco, também passou no teste físico-químico do centro de pesquisa da Embrapa, tanto na acidez, teor de proteínas, presença de vitamina C e na intensidade de cor.

 

O produto é o abre-alas de outros rótulos como o “Brilho de Fogo, o “Amazonia Forever” o “Meio do Mundo” (suave) e o Flor de Samaúma (meio seco). Os tintos de açaí já estão nos supermercados e numa loja no aeroporto de Macapá. A açaícola fica na capital do Amapá e a dona do empreendimento é empresa “Flor de Samaúma”, que iniciou suas atividades com foco no ecoturismo e se ampliou para produtos da bioeconomia. O casal João Alberto Capiberibe (76 anos) e Janete Capiberibe (74 anos) iniciou a experiência com o fermentado de açaí em 2022, mas o registro para comercialização só foi concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 2023.

 

Antes, a bebida artesanal era oferecida, gratuitamente, para degustação dos turistas que visitavam o sítio Torrão Bonito, onde está a unidade de processamento da polpa de açaí e oferece um cenário deslumbrante do rio e da floresta da Área de Proteção Ambiental (APA) do Curiaú, que fica a 10 quilômetro do centro de Macapá. No retorno, os visitantes percorrem a estrutura da açaícola, onde também estão expostos outros produtos da biodiversidade amazônica. Oitenta por cento do açaí é coletado no “Torrão Bonito” e os outros 20% são adquiridos dos ribeirinhos que vivem na APA.

 

Os Capiberibe aprenderam a fazer vinho de uva no Chile, na década de 1970, quando viveram lá como exilados políticos (João Alberto é autor do livro Florestas do meu exílio). Na década de 1980 João Alberto foi secretário de Desenvolvimento Agrário em Cruzeiro do Sul, no Acre, e secretário de Agricultura do Amapá. Sua origem marajoara (nasceu em Afuá, um dos 16 municípios do Marajó) teve forte influência nos seus programas de governo como prefeito de Macapá e governador do Amapá por duas vezes.

 

A sociobidiversidade sempre esteve no alvo de suas ações como homem público. Como empreendedor ele coloca em prática o que sempre defendeu. Explica que “o açaí faz circular 2 bilhões de dólares/ano na Amazônia. E no mercado global, esse valor é de 20 bilhões de dólares”. No exterior, foram desenvolvidos “centenas de novos produtos, de altíssimo valor agregado, como por exemplo, os antioxidantes, que são extraídos e vendidos como nutracêuticos”, uma substância usada como alimento ou parte de um alimento que proporciona benefícios medicinais, incluindo prevenção ou tratamento de doenças, segundo a Foundation for Innovation in Medicine dos Estados Unidos.

 

Capiberibe fundamenta que para fortalecer a economia amazônica é preciso inverter a lógica extrativista e de exportação dos produtos da região. “Quando nós vendemos um quilo de polpa de açaí para os Estados Unidos, eles nos pagam 15 reais. Esses 15 reais são distribuídos por uma cadeia de valor que envolve o peconheiro, aquele que coleta a fruta, o transportador (fluvial ou terrestre, nas áreas urbanas), a fábrica que produz a polpa, os trabalhadores da fábrica e o exportador. Quando eu uso um quilo de polpa de açaí para produzir vinho, eu produzo pelo menos três garrafas de tinto de açaí. E essas três garrafas eu comercializo por 200 reais. Então eu tenho R$ 15,00 para exportação da matéria prima e eu tenho R$ 200 quando eu completo a cadeia de valor a nível local. É isso que promove o desenvolvimento, ter uma indústria, que agregue valor ao seu produto e pare de mandar matéria prima para fora do país”.

 

A Flor de Samaúma também produz o biscoito de castanha, que está em fase artesanal, mas brevemente vai para o mercado nacional; o óleo de pracaxi, equivalente ao azeite de oliva; e outros fermentados como o de cupuaçu, (semelhante ao vinho branco de uva); e o fermentado de taperebá.

 

Além do mercado local, a empresa já atende pedidos pela internet para todo o Brasil e começa a se preparar para responder às demandas do exterior. “Cada dia aumenta mais a demanda. As compras online quase superam as compras presenciais”, diz o empreendedor. Para quem deseja experimentar os fermentados de açaí, basta mandar uma mensagem ou ligar para o número (96) 991084814.

 

 

Para mais informações leia a entrevista, na íntegra, com João Alberto Capiberibe, ex-senador e ex-governador do Amapá.

 

Como surgiu o seu interesse pelo fermentado de açaí?

Eu recebi uma garrafa desse fermentado que um amigo me mandou, durante a pandemia. Foi feito por um funcionário público do Acre. Eu provei aquela bebida e achei o sabor muito interessante. Lembrei do meu tempo de Chile. No período da ditadura militar de 1964 nós escapamos do presídio São José, subimos o rio Amazonas e, seis meses depois, chegamos no Chile de Allende e Pablo Neruda. Lá, nós moramos dois anos e vivemos em dois vinhedos. Ali, nós aprendemos a fazer o vinho, pisotear as uvas, botar para fermentar. E mais do que fazer, sobretudo, beber o vinho. Então eu tenho uma longa trajetória de bebedor de vinho.

 

Qual a sua primeira experiência na fabricação do tinto de açaí?

Em fevereiro de 2022 eu resolvi junto com a Janete (Capiberibe, esposa) fazer algumas experiências de fermentação de açaí, no fundo do quintal da nossa casa. Nós temos um puxado e ali então nós fizemos um pequeno laboratório para fermentar várias composições da polpa do açaí. A primeira experiência foi muito positiva. Nós fizemos um levantamento na Internet e encontramos uma experiência feita pela Universidade Federal do Maranhão. Então nós praticamente reproduzimos aquela mesma receita e depois fomos variando e conseguimos fazer bebidas com sabores diferentes.

Nas florestas do Norte do país, os açaizais dão o tom da biodiversidade amazônica. Riqueza em forma de fruto.

 

Quem avaliou o resultado do seu produto?

Em junho de 2022 eu juntei algumas garrafas de vinho e encaminhei para um amigo, na Embrapa, aqui no Amapá, que tinha sido meu secretário de Ciência e Tecnologia, quando fui governador do Amapá. E ele encaminhou para o Centro Nacional de Pesquisa Agroindustrial dos Trópicos, em Fortaleza, no Ceará, para a turma que cuida da avaliação dos vinhos do Vale do São Francisco. Eles fizeram a apreciação e o resultado chegou no início de 2023. Quando eu olhei a resposta, fiquei pasmo. Primeiro porque eles fizeram uma análise físico-química e desenvolveram uma avaliação comparativa com algumas uvas tintas, que têm muitas semelhanças com o açaí e concluíram que o fermentado de açaí se assemelha muito ao fermentado de uva. Daí então eu decidi conversar com dois ou três empresários, mostrando que tínhamos um achado e que dava para produzir vinho de qualidade a partir da polpa do açaí. Mas não houve interesse.

 

O senhor e a dona Janete montaram uma agroindústria? Investimento próprio?

Eu e Janete decidimos vender um patrimônio nosso para poder investir na produção, em escala, do fermentado de açaí e de outras frutas, como é o caso do taperebá (também conhecido como cajá) e o cupuaçu. E os resultados nos surpreenderam. Percebemos que cada vez mais produzíamos bebidas com melhores sabores, melhores aromas. Mas quando nós começamos, implantamos primeiro o projeto de turismo.

 

Como homem público o senhor sempre se destacou na defesa do aproveitamento dos produtos da biodiversidade amazônica. O fermentado de açaí se insere no conceito da sociobioeconomia?

Sim. Quando fui governador do Amapá, o meu governo foi fundamentado nas teses do desenvolvimento sustentável, no equilíbrio da economia, ecologia e equidade social. Nós fizemos uma experiência, na década de 1990, muito reconhecida pelas instituições que trabalham com essas novas ideias. Nós saímos da crise climática e entramos na emergência climática. Então, na crise climática, nós trabalhávamos já na transição para uma nova economia, para a economia da biodiversidade. Nós iniciamos também um projeto de turismo para o Curiaú que também foi descontinuado, assim como um projeto do açaí, através do Instituto de Pesquisas do Amapá (IEPA) que fez pesquisas sobre alimentos, incluindo o açaí, a castanha e o camarão; também sobre cosméticos e fitoterápicos. Nos sete anos do nosso mandato, desenvolvemos dezenas de produtos como: shampoos, cremes de beleza, pomadas, unguentos, comprimidos de alguns princípios ativos, como a copaíba; desenvolvemos uma vela inseticida; fizemos pesquisa aplicada que resultaram em dezenas de produtos. Mas quando eu deixei o governo, em 2002, isso foi descontinuado e essas informações acabaram migrando para outros estados brasileiros e até para fora do Brasil. Tanto que a cadeia produtiva do açaí, hoje, é muito injusta para nós, na Amazônia. Aqui, enquanto o açaí faz circular 2 bilhões de dólares/ano na Amazônia, no mercado global esse valor é de 20 bilhões de dólares. Fora do Brasil se desenvolveu centenas de novos produtos de altíssimo valor agregado, como por exemplo, os antioxidantes, que são extraídos e vendidos como nutracêuticos (uma substância que pode ser um alimento ou parte de um alimento que proporciona benefícios medicinais, incluindo prevenção ou tratamento de doenças, segundo a Foundation for Innovation in Medicine dos Estados Unidos).  Quando nós vendemos um quilo de polpa de açaí para os Estados Unidos, eles nos pagam 15 reais, esses 15 reais são distribuídos por uma cadeia de valor que envolve o peconheiro, aquele que coleta a fruta, o transportador (que pode ser fluvial ou terrestre nas áreas urbanas), a fábrica que produz a polpa, os trabalhadores da fábrica, o exportador. Então no mínimo de cinco ou seis passos na cadeia de valor. Quando eu uso um quilo de polpa de açaí pra produzir vinho, eu produzo pelo menos três garrafas de tinto de açaí. E essas três garrafas eu comercializo por 200 reais. Então eu tenho R$ 15,00 para exportação da matéria prima e eu tenho R$ 200 quando eu completo a cadeia de valor a nível local. É isso que promove o desenvolvimento, você ter indústria local, que agregue valor ao seu produto e pare de mandar matéria prima para fora do país.

 

O senhor é produtor de açaí ou compra a fruta?

Quando nós começamos, foi com a exploração da paisagem cênica, do rio e da floresta do Curiaú e montamos lá uma estrutura para oferecer passeios diários, um pela manhã e outra pela parte da tarde, com uma frequência muito boa dos moradores de Macapá e eventualmente dos turistas que por aqui chegam. Nós utilizamos 80% do açaí do nosso sítio “Torrão Bonito” e os outros 20% nós compramos dos nossos vizinhos da APA do Curuaú.

Descreva o processo de fazer a bebida.

O processo de fermentar bebidas alcóolicas é o mesmo processo de 5, 6 mil anos atrás. É um processo simples, você utiliza a chamada polpa de açaí, que tem uma determinada concentração de matéria seca e dilui em água, acrescenta sacarose, açúcar cristal, levedura, que ataca o açúcar e transforma esse açúcar em álcool. Aí chega-se à fermentação tumultuosa, momento em que há uma intensa atividade das leveduras e produção de gás carbónico muito grande. Você pode fazer uma segunda fermentação que é o caso mais do cupuaçu que do açaí. Com uma única fermentação do açaí, ele já fornece um produto bom para consumo. O cupuaçu precisa de um pouco mais de cuidado e o taperebá também

 

Qual foi o primeiro mercado de venda?

Nós sempre objetivamos o mercado local. Nosso objetivo era complementar o passeio turístico e criar o circuito do fermentado de açaí ou do vinho de açaí. Lá na margem esquerda do Curiaú, no sítio Torrão Bonito, que hoje funciona o Espaço Ecológico Flor da Samaúma, ali a gente colhe o açaí e os frutos são processados lá, no mesmo dia que é colhido. Depois esse fruto vem pra Macapá, onde ele é fermentado. Então nós temos o controle de todo o processamento, ou seja, da fruta até a fermentação. E nós fazemos isso dentro de rigor sanitário muito grande. Então, o nosso visitante acompanha o fazimento da polpa do açaí e depois ele vem degustar, na adega, visitar a açaícola, onde se processa o fermentado de açaí. Nós começamos a produzir vinho para complementar esse circuito do fermentado, ou seja, para oferecer aos visitantes. Só que a gente começou a produzir um excedente e começamos então a colocar no mercado. Nós levamos muito tempo para colocar no mercado porque…. para o produto artesanal não tinha problema para você servir aos turistas, mas na hora de você colocar no mercado, precisava do registro do Ministério da Agricultura e Pecuária. E eu levei nove meses para conseguir esse registro. Foi a fase mais difícil para o inexperiente, o iniciante do empreendedorismo. Chegamos quase a desistir, mas hoje os produtos estão entrando no mercado de uma maneira muito consistente

 

Existe plano de expansão tanto da produção como da comercialização?

Na idade em que estamos, eu com 76 anos agora e a Janete com 74… nós iniciamos isso com a expectativa de provar que a biodiversidade é o nosso caminho, a possibilidade de fazer essa transição da economia predatória, de uso dos combustíveis fósseis para uma economia de baixo carbono. Então, nós não só estamos produzindo o fermentado de açaí como estamos produzindo o biscoito de castanha do Brasil, antiga castanha-do-pará (hoje no Pará praticamente não tem mais castanheiras, foi uma coisa terrível que aconteceu nos castanhais do Pará, que foi tudo cortado), que ainda tem muito aqui no sul do Amapá e outras regiões da Amazônia. Quando você entra nas gôndolas dos supermercados, você encontra biscoitos da Noruega, da Dinamarca, da Indonésia, de Lisboa, enfim, de muitos países do mundo e de toda parte do Brasil, menos os biscoitos com os sabores da Amazônia, fabricados aqui. Então nós também começamos no artesanal (também degustado pelos turistas que nos visitam) e pretendemos industrializar esses biscoitos para colocar nas gôndolas dos supermercados de todo país e do mundo. Tem essa possibilidade porque nós temos sabores fantásticos na Amazônia, que nos permitem produzir com qualidade que vão agradar em cheio o consumidor. Outro produto é o pracaxi, velho conhecido das indústrias farmacêutica e cosmética. No entanto, há dois anos eu estive no Bailique (arquipélago, distrito de Macapá), com umas senhoras da comunidade do Limão do Curuá e elas extraem o óleo de pracaxi com uma técnica mais moderna, a extração a frio. E eu comentei que a minha mãe usava o pracaxi para curar minha garganta, mas que deixava um cheiro muito forte, amargava muito. Aí uma senhora disse: o nosso óleo não tem nada disso e eu uso em casa pra fritar peixe. Eu provei e constatei que realmente é saboroso. E desde 2021 passei a consumir e tenho me dado muito bem. Então decidi fazer uma fábrica de azeite de pracaxi pra concorrer, no mesmo nível, com o azeite de oliva.

Nos açaizeiros, os cachos da fruta que conquistou o mundo. Agora, em forma de vinho.

 

Qual o mínimo de investimento para montar uma agroindústria do porte da sua?

Se você tiver um espaço, não exige muito espaço, o processo de fermentação é milenar e se você for produzir artesanalmente, o custo é muito reduzido. Mas se você for produzir para registrar e colocar no mercado, aí o investimento, aí você multiplica isso por três ou quatro. Mas se você tiver um espaço físico, com pouco recursos dá para fazer uma fabriqueta de açaí tinto

 

Fiquei sabendo que o senhor também está produzindo uma bebida fermentada de cupuaçu. Procede a informação?

Sim. O cupuaçu é mais complexo o processo de fermentação, porque ele é extremamente aromático. Demora um pouco mais. Mas o vinho branco de cupuaçu tem uma coloração muito parecida com o vinho branco de uva. O aroma é perfeito, é maravilhoso, o sabor é divino. Ele tem impactado mais que o Açaí Tinto

 

Fale da sua experiência em produzir vinho de uva no Chile.

Eu falei isso no início da nossa conversa. Nós moramos em Camarico, num assentamento de reforma agrária, que tinha 55 hectares de uva. Ali nós participávamos de todo o processo e eu na época estudava Engenharia Agrícola e morava lá. Eu recolhia uvas que não seriam utilizadas para fermentação e levava para casa e fazíamos o nosso fermentado, que não era a melhor coisa do mundo, mas produzia o efeito, tinha álcool. Essa experiência nós trouxemos do Chile e nos tem sido muito útil até hoje.

 

Paneiros carregados de açaí aguardando a hora de serem transportados para as feiras das cidades.

Quais são as marcas (rótulos) dos seus fermentados?

Nós temos cinco rótulos. Temos o Brilho de Fogo, que é um tinto seco; temos o Amazonia Forever, que também é seco; temos o Meio do Mundo, que é suave; temos o Flor de Samaúma, que é meio seco; e o Curiaú, o que foi testado pela Embrapa e que, no teste sensorial que eles fizeram com 50 degustadores, foi aprovado por 74%. Então o Curiaú é um vinho que tem saído muito em função dessa fama adquirida pela avaliação da Embrapa. Temos ainda o Encomenda da Lu, que é um vinho envelhecido em barril de carvalho, mas cuja produção ainda é pequena e nos falta o registro do Ministério da Agricultura e Pecuária. Temos ainda o vinho de cupuaçu na versão seco, meio seco e suave. Só que, como depende da safra e eu uso o fruto escolhido lá na APA (Área de Proteção Ambiental) do Curiaú, no sítio Torrão Bonito, nós vamos começar a produzir, na safra de 2024, somente agora em fevereiro.

 

A Flor de Samaúma tem condições de atender o consumidor pelo Correio ou outro meio de despacho?

Nós já estamos atendendo, temos mandado vinho pra todo o Brasil e estamos ensaiando os primeiros passos para mandar para o exterior. E cada dia aumenta mais a demanda. As compras online quase superam as compras presenciais. Para quem quiser experimentar, basta mandar uma mensagem ou ligar para o número (96) 991084814.

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(*) – Paulo Roberto Ferreira, jornalista e escritor; mestre em Ciências da Educação, pela Universidade de Évora (PT); e especialista em Planejamento do Desenvolvimento, pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos – NAEA/UFPA. Passou por diversas redações de publicações impressas, foi diretor de TV e secretário de Estado de Comunicação Social, no Pará.

 

 

 

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