A Rússia disse na quarta-feira, 15, que tentará recuperar os restos de um drone americano derrubado no Mar Negro.
O grande drone MQ-9 Reaper mergulhou na água na terça-feira.
Os EUA disseram que derrubaram o drone danificado depois que ele se tornou “impossível de voar” quando um jato russo cortou sua hélice – mas Moscou negou essas alegações.
Falando na televisão estatal, o secretário do conselho de segurança russo, Nikolai Patrushev, confirmou que Moscou estava tentando encontrar a aeronave.
“Não sei se seremos capazes de recuperá-lo ou não, mas isso precisa ser feito. E certamente trabalharemos nisso”, disse Patrushev.
O alto funcionário de Washington, John Kirby, disse que os EUA também querem localizar a aeronave, mas enfatizou que, se a Rússia chegar antes deles, “sua capacidade de explorar informações úteis será altamente minimizada”.
Falando ao programa matinal de notícias da ABC America, Good Morning America, ele acrescentou que houve desafios logísticos, pois caiu em “águas muito profundas”.
Oficiais militares dos EUA disseram que o incidente aconteceu na manhã de terça-feira e o confronto durou cerca de 30 a 40 minutos.
Várias vezes antes da colisão, os jatos russos despejaram combustível no drone de “maneira imprudente, ambientalmente insalubre e pouco profissional”, disseram os EUA em um comunicado na terça-feira.
O porta-voz do Pentágono, brigadeiro-general Pat Ryder, disse a repórteres que o drone era “impossível de pilotar e incontrolável, então o derrubamos”, acrescentando que a colisão provavelmente danificou a aeronave russa.
A Rússia negou que seus dois caças Su-27 tenham feito qualquer contato com o drone dos EUA.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que o drone caiu após uma “manobra brusca” e que estava voando com seus transponders (dispositivos de comunicação) desligados.
As tensões aumentaram no Mar Negro desde a anexação da vizinha Crimeia pela Rússia em 2014.
E desde a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, os EUA e o Reino Unido intensificaram os voos de vigilância, embora sempre operando no espaço aéreo internacional.
Na foto, modelo drone Reaper derrubado, aeronaves de vigilância com uma envergadura de 20m (Imagem Getty Image)
Com informação da Reuters
