Taxa de desemprego fica em 7,6% até janeiro, enquanto ocupação e rendimento crescem

No mesmo período do ano passado, índice estava em 8,4%

 

 

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,6% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,4%. No trimestre encerrado em dezembro de 2023, a taxa de desocupação estava em 7,4%.

Com isso, a população desocupada, ou seja, aqueles que estavam em busca de trabalho, chegou a 8,3 milhões, mantendo-se estável na comparação trimestral e recuando 7,8% (menos 703 mil pessoas) no ano. Segundo o IBGE, essa estabilidade da taxa e do contingente de desocupados na comparação trimestral pode ser explicada pela sazonalidade do mercado de trabalho, com a desocupação se reduzindo no final do ano e aumentando nos primeiros meses do ano seguinte.

Para a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, “há uma tendência sazonal. Em alguns anos, essa sazonalidade pode ser maior, ou menor. Nessa entrada do ano de 2024, o que a gente percebe é uma estabilidade, justamente porque a população desocupada não teve expansão tão significativa nesse trimestre encerrado em janeiro de 2024”.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.078 no trimestre encerrado em janeiro. O resultado representa alta de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 305,125 bilhões no trimestre até janeiro, alta de 6,0% ante igual período do ano anterior, segundo o IBGE.

A população ocupada bateu 100,593 milhões de pessoas, com 1,957 milhão a mais no ano, um aumento de 2,0%. O nível da ocupação – percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar- chegou foi a 57,3%, sem variação significativa frente ao trimestre móvel anterior que fechou a 57,2%.

Adriana observa que “na série histórica da PNAD Contínua, costumamos ter uma estabilidade da população ocupada no trimestre encerrado em janeiro, ou até mesmo uma queda dessa população, fato que não está ocorrendo agora, em 2024. Pelo contrário, vemos uma expansão da ocupação”.

A taxa de informalidade foi de 39,0 % da população ocupada (ou 39,2 milhões de trabalhadores informais) contra 39,1 % no trimestre anterior.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado cresceu 3,1% no ano e chegou a 37,950 milhões. Em relação ao trimestre passado a alta foi de 0,9% (mais 335 mil). Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 2,6% (mais 335 mil pessoas) no ano.

Já número de trabalhadores por conta própria chegou a 25,6 milhões de pessoas, e ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos, com 5,9 milhões de pessoas. Com 12,1 milhões de pessoa, o número de empregados no setor público ficou estável no trimestre e cresceu 2,7% no ano.

(Foto: iStock)

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