Em sessão virtual, todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram pela preservação das provas já colhidas na operação Spoofing, da Polícia Federal, em que hackers invadiram celulares de autoridades envolvidas na Lava Jato.
Como já foi amplamente divulgado, o ex-juiz Sergio Moro pretendia descartar o material apreendido com os presos.
Em resposta, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) acionou o STF para impedir que Moro destruísse as provas.
“A salvaguarda do acervo probatório é essencial para a adequada elucidação de todos os fatos relevantes, mormente porque a eliminação definitiva de elementos de informação reclama decisão judicial”, defendeu o ministro e relator da ação Luiz Fux, ao conceder a liminar.
Pego no pulo
Após a decisão do STF, Moro então voltou atrás e garantiu não haver qualquer determinação administrativa para destruir as provas colhidas pelos hackers.
O ex-juiz afirmou ainda que não tinha acesso ao inquérito policial e reafirmou a competência do Judiciário para determinar o destino dos materiais.
Desde 2020, Dias Toffoli é o relator da ação, que reafirmou os fundamentos da decisão de Fux e foi seguido por todos os demais ministros. (Foto: STF)