STF forma maioria para manter prisão dos suspeitos de matar Marielle

Decisão de Moraes passa por referendo no tribunal e já recebeu aval de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin; restam ainda os votos de Luiz Fux e Flávio Dino, os outros dois membros da Primeira Turma da Suprema Corte

 

A primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tem maioria para manter a prisão preventiva dos três suspeitos de serem os mandantes dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes. O ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, convocou a primeira turma do STF para analisar as prisões preventivas dos três suspeitos de terem mandado matar a vereadora Marielle Franco. A sessão virtual começou pouco depois da meia-noite e segue aberta até às 23h59.

Dos cinco ministros que compõem a 1ª Turma, já votaram o ministro relator Alexandre de Moraes, além de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, todos a favor da manutenção da prisão. Ainda faltam votar Luiz Fux e Flávio Dino. Na manhã deste domingo (24) a Polícia Federal (PF) deflagou a operação Murder Inc. que prendeu o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ); o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio; e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.

Segundo o Inquérito da Polícia Federal, a vereadora foi assassinada por ser vista como ser vista como um “obstáculo aos interesses” dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. “Pelos fatos retratados na colaboração premiada de Ronnie Lessa, o motivo determinante de sua morte estaria relacionado a uma questão desempenhada de maneira mais discreta pelo seu mandato parlamentar, qual seja: a defesa do direito à moradia”, afirma trecho do relatório de cerca de 500 páginas da Polícia Federal.

Os três presos passaram por audiências de custódia conduzidas pelo magistrado instrutor do gabinete do ministro, desembargador Airton Vieira, na manhã de domingo, na Superintendência da Polícia Federal no Rio. Os três seguirão presos em Brasília nesta segunda, mas com o destino definido para o cumprimento da prisão preventiva: Brasília, Campo Grande e Porto Velho.

(Foto: Montagem sobre fotos da Camara dos Deputados, EBC, e Alerj)

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