STF autoriza investigação interna para apurar se delegada da PF escondeu provas que investiga os ataques em 8 de janeiro

Compartilhamento de provas na Polícia Federal para uma das investigações dos atos de 8 de janeiro foi autorizada na tarde desta sexta-feira, 17, pelo ministro Alexandre de  Moraes.

Trata-se de uma apuração interna da PF contra a delegada Marília Ferreira Alencar, ex-diretora da Inteligência do Mistério de Justiça na gestão de Jair Bolsonaro, para descobrir se a servidora federal  escondeu provas após os mandados de busca e apreensão da  operação Lesa Pátria, que investiga os autores dos ataques ao Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.

Marília Ferreira Alencar, que também atuou como subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, é  suspeita de que teria formatado o aparelho celular antes de entrega-lo.

“É de elevada gravidade o fato de que a servidora da Polícia Federal teria procurado terceiro com o intuito de ‘formatar seu celular’ o que, em se comprovando as informações acima, pode caracterizar alteração do estado de coisas, qual seja o conteúdo do aparelho, visando a eximir-se de responsabilidade”, diz o documento.

Caso comprovada, a conduta de Marília configura abuso de autoridade, ainda mais por ter ocorrido no dia 20 de janeiro – em que ocorreu uma das etapas da operação Lesa Pátria.

De acordo com a decisão de Alexandre de Moraes, as provas do inquérito que apura a participação do governador Ibaneis Rocha, Polícia Militar e autoridades nos atos golpistas contra as sedes dos três poderes também serão usadas nesta investigação interna. (Foto: TV Câmara Legislativa/Reprodução)

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