STF marca para agosto julgamento que pode tornar Zambelli ré por perseguição armada

Inquérito tem como objetivo apurar conduta da parlamentar pelo uso de arma de fogo às vésperas do segundo turno das eleições

 

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para agosto o julgamento da denúncia contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. O caso ocorreu em outubro de 2022, um dia antes do segundo turno das eleições. Na ocasião, Zambelli sacou uma arma e perseguiu um homem pelos Jardins, bairro nobre de São Paulo.

O julgamento acontecerá entre 11 e 21 de agosto, no plenário virtual da Corte, onde não há discussão. Os ministros analisarão uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República em maio. Se há um pedido de vista, o julgamento é suspenso. Quando ocorre um pedido de destaque, a decisão é levada ao plenário físico do tribunal.

O ministro do Supremo Gilmar Mendes determinou em fevereiro abertura de inquérito para investigar a deputada por perseguição armada. A decisão tem como objetivo apurar a conduta da parlamentar pelo uso de arma e fogo às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais.

O caso ocorreu em 29 de outubro, véspera do segundo turno da eleição, a deputada causou espanto ao sacar uma arma em público e perseguir um homem negro na capital paulista. A cena foi gravada e circulou nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver pessoas correndo e a bolsonarista com a arma em punho, entrando em uma lanchonete e ordenando, aos gritos, que um homem negro deitasse no chão. Em outro registro, nota-se um estampido.

Carla Zambelli descumpriu resolução do Tribunal Superior Eleitoral que proíbe o transporte de armas no fim de semana da eleição. Na denúncia, a vice-PGR Lindôra Araújo solicitou que Zambelli seja condenada a pagar multa de 100 mil reais por danos morais coletivos e perca o porte de arma de forma definitiva. Se os ministros aceiarem a representação, a deputada poderá apresentar sua defesa e o processo seguirá para a fase de coleta das provas. Na sequência, o STF decidirá se condena ou não a parlamentar pelos crimes apontados na denúncia.

(Foto: Reprodução/Internet)

 

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