A pequena indústria, que empregam entre 20 e 99 trabalhadores, registrou melhora da situação financeira e estabilidade no desempenho no último trimestre do ano passado no Brasil. Diante disso, as perspectivas e a confiança para 2024 estão acima da média histórica. Os dados fazem parte do PPI (Panorama da Pequena Indústria), divulgado nesta segunda-feira (05), pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A pesquisa mostra alta de 0,7 ponto no ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial), que subiu para 51,2 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto maior o índice, mais disseminada é a confiança. É a terceira alta consecutiva do índice, que pode ser explicada pelas expectativas para os próximos seis meses, que seguem positivas.
O Índice de Perspectivas das indústrias de pequeno porte avançou 2,3 pontos, para 49,4 pontos em janeiro de 2023, e mostra que, na visão do empresário, as perspectivas são mais positivas do que o usual para o período. Este indicador leva em conta as expectativas dos empresários de pequenas empresas com relação a evolução da demanda, expectativa de evolução do número de empregados e intenção de investimento.
Carga tributária
A elevada carga tributária segue sendo o principal problema enfrentado pelas pequenas indústrias de transformação, com aumento de registros de 38,8% para 41,6% e, no último trimestre de 2023, passou a ser o principal problema também da indústria da construção (com 26,9%).
Além disso, compõem o ranking das preocupações das pequenas indústrias a demanda interna insuficiente e a competição desleal para indústria da transformação; e falta ou alto custo de trabalhador qualificado e taxas de juros elevadas para indústria da construção.
O Índice de Situação Financeira das pequenas indústrias avançou 0,8 ponto no quarto trimestre de 2023 e registrou 42,2 pontos no quarto trimestre. O resultado mostra melhora da situação financeira para pequenas indústrias e mantém o índice acima da média histórica de 38,4 pontos. Neste indicador é levado em conta a satisfação com a margem de lucro operacional e com a situação financeira, além da avaliação da facilidade de acesso ao crédito. (Foto: Fiespa/Divulgação)