O novo sistema nacional de alerta de emergências climáticas deve entrar em operação até dezembro em todos os Estados das regiões Sul e Sudeste. Até lá, o sistema será testado pela Defesa Civil do País em dez municípios brasileiros.
São cidades pequenas, que foram escolhidas de acordo com o histórico de desastres e a capacidade das Defesas Civis locais. As informações foram divulgadas pelo superintendente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Gustavo Borges.
“A expectativa é de que a gente consiga expandir até o próximo verão para todos os Estados das regiões Sul e Sudeste. A gente trabalha para que tenha essa expansão até novembro, dezembro, e que já esteja à disposição das Defesas Civis”, declarou o superintendente.
O novo sistema vai emitir alertas com sons e mensagens em formato pop-up no celular, que se sobrepõem ao conteúdo exibido na tela. “O importante é que essa mensagem não requer um cadastro do usuário. Então, se você estiver com um celular compatível, com uma rede 4G e 5G e em cobertura, essa mensagem vai chegar para você”, explicou Borges.
O sistema será operado pela Defesa Civil, que vai delimitar uma área em situação de risco para emitir o sinal. Qualquer celular compatível com cobertura dentro desse perímetro receberá a notificação.
Segundo Borges, aparelhos de celular comprados a partir de 2020 já são compatíveis com a tecnologia, que funcionará nas redes 4G e 5G.
SMS
Atualmente, os alertas são emitidos pela Defesa Civil por meio de mensagens via SMS. Contudo, para receber as mensagens, o usuário precisa fazer um cadastro informando os CEPs de interesse.
“Ocorre que, por exemplo, você tem diversas movimentações, sai de municípios, troca de Estado, está em outros locais. Essa é uma fragilidade hoje do SMS, enquanto o cell broadcast [novo sistema] vai identificar todas as pessoas que estiverem naquela região de risco mesmo que você não tenha feito um cadastro e vai disparar a mensagem”, afirmou Borges.
No entanto, segundo ele, o SMS continuará sendo utilizado pela Defesa Civil para emitir alertas. O novo sistema será usado apenas em situações de alto risco. (Foto: Reprodução de vídeo)