Sindicato ameaça ‘greve geral’ após decreto de Milei que deve demitir 7 mil servidores

Representante da associação dos funcionários públicos da Argentina disse vai se reunir com representantes do Congresso para debater medida

 

 

A Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) da Argentina, correspondente a sindicato dos servidores públicos no Brasil, reagiu ao decreto assinado nesta terça-feira (26) por Javier Milei para enxugar o número de empregados do governo federal. A medida deve afetar mais de 7 mil funcionários que não terão seus contratos renovados a partir de 1º de janeiro de 2024. A ATE está marcando para esta quarta-feira (27) o “Dia Nacional de Luta” para protestar contra as medidas.

Segundo Rodolfo Aguiar, secretário-geral do sindicato, uma greve geral não é descartada. “Estamos perante um ataque sem precedentes contra os trabalhadores do Estado. Amanhã, terá uma mobilização em todo o país e caminhamos para uma greve geral”, afirmou Rodolfo Aguiar, em entrevista à rádio argentina AM 750.

A manifestação será em frente ao Palácio da Justiça da Nação Argentina, sede do Supremo Tribunal e de outros tribunais inferiores. “Ninguém espera que aceitemos uma única demissão”, disse Rodolfo. Ele também disse que a ATE não aceitaria nenhuma demissão e enfatizou que os funcionários realizam tarefas essenciais para o funcionamento das repartições do governo. “Os trabalhadores desempenham em todos os casos tarefas essenciais para garantir o funcionamento de todas as áreas do Estado, independentemente do tipo da sua relação contratual”, completou o líder sindical.

Segundo Aguiar, a ATE vai se reunir com representantes do Congresso para se opor ao decreto. A medida ainda contempla uma fase de avaliações, pelos próximos 90 dias, em todas as estruturas do governo para definir quais cargos serão mantidos. As mudanças surgem uma semana depois que o Presidente Javier Milei apresentou o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) — conhecido popularmente como “megadecreto” — que revogou mais de 300 leis para desregulamentar a economia.

 

(Foto: Reuters/Agustin Marcarian)

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