Silvio Almeida defende Lula e diz que ‘governo de Israel, não os judeus, que promove o massacre’

Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania publicou texto afirmando que “nada é mais importante que interromper a violência”

 

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, compartilhou um texto, nas redes sociais, na manhã desta terça-feira (20) em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no episódio envolvendo Israel e a comparação dos ataques em Gaza com o Holocausto nazista. Na mensagem, Almeida disse que Lula não se manifestou contra o povo israelense ou contra a comunidade judaica, mas que se mostrou indignado com a ação “desproporcional e assassina” do governo israelense.

O ministro destacou, ainda, que a declaração do presidente brasileiro ocorre em um momento em que Israel se prepara para atacar Rafah, onde 1,6 milhão de palestinos estão refugiados, no que pode ser uma “tragédia sem precedentes”. “É importante que se frise o seguinte: é o governo extremista de Israel quem promove o massacre, e não a comunidade judaica, como os oportunistas e semeadores do ódio de dentro e de fora do Brasil tentam fazer parecer”, escreveu Silvio Almeida em sua conta no X (antigo Twitter).

“Nada pode ser mais urgente do que interromper as manifestas violações ao direito humanitário e nada, absolutamente nada, pode nos indignar mais do que a situação pelas quais passam as pessoas – todas as pessoas, sem exceção – afetadas por esta violência”, pontuou ainda sobre a guerra na Faixa de Gaza.

O ministro acompanhou Lula durante sua viagem à Etiópia, onde o presidente comparou as ações de Israel com as do líder nazista Adolf Hitler, em coletiva de imprensa no último domingo (18). Silvio argumentou em seu texto que Israel vem perdendo apoio no cenário internacional devido à sua resposta desproporcional ao ataque do grupo extremista Hamas.

“Em nenhum momento o presidente Lula manifestou-se contra o povo de Israel ou contra a comunidade judaica. Pelo contrário: Lula se indigna contra a ação desproporcional e assassina de um governo que, inclusive, passa a ser questionado por outros membros da comunidade internacional”, esclareceu o ministro.

As declarações de Lula geraram uma crise diplomática com Israel, e o mandatário foi declarado persona non grata no país até que se retrate. O presidente, porém, decidiu enfrentar a situação pela via da diplomacia, e não deve pedir desculpas.

(Foto: Tânia Rêgo/Ag. Brasil)

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