Senador Beto Faro recebe balanço dos investimentos do BNDES na região Norte

A economista Tereza Campello veio do Rio de Janeiro para reunir com o senador paraense e destacou os investimentos do Governo proteção da floresta amazônica e combater ao crime organizado

 

A economista e diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, reuniu-se nesta quarta-feira (7), em Brasília(DF) , com o senador Beto Faro (PA), líder da bancada do PT no Senado Federal e também com deputados da bancada governista.

A pedido de Faro, o encontro teve o objetivo de acompanhar de perto a agenda de investimentos do BNDES na região Norte do país, sobretudo no Pará, estado anfitrião da COP-30 em 2025, que tem enfrentado desafios e oportunidades decorrentes de seu crescimento econômico e por integrar o bioma Amazônia Legal.

Tereza Campello ouviu as demandas de Faro e Faleiro e detalhou toda a agenda de investimentos em curso e prevista para este para o segundo semestre de 2024. Só no primeiro semestre do ano, o Banco de Desenvolvimento alemão KfW escolheu a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) para gerir mais de R$ 170 milhões, que serão destinados a projetos das secretarias de Meio Ambiente dos Estados do Amazonas e Pará, nos próximos três anos. As primeiras liberações de recursos devem começar a ser feitas ainda este mês.

No foco das ações, estão: a descentralização do combate ao desmatamento no sudoeste do Pará e no sul do Amazonas. “São itens como (sistema de comunicação) Starlink, carros, treinamento de brigadistas e fortalecimento dos técnicos da Secretaria do Meio Ambiente para que eles possam interpretar dados.”

Fundo Amazônia

A economista ressaltou que o Fundo Amazônia é pioneiro e o mais bem sucedido fundo conceito de Redd que parte da ideia de incluir na contabilidade das emissões de gases de efeito estufa aqueles evitados pela redução do desmatamento e degradação da floresta.

Em 2023, o FA recebeu R$ 726 milhões de reais em doações e dispõe esse ano de R$ 6,5 bilhões de reais, que irão contribuir para a mitigação das mudanças climaticas por meio da conservação e recuperação dos ecossistemas. É uma espécie de pagamento por resultado alcançado. “São recursos não reembolsáveis”, explicou Tereza Campello.

O fundo já possibilita oportunidade para os estados e só em 2023 atingiu R$ 1,3 bilhão em aprovações de projetos e chamadas públicas, enquanto as doações recebidas e contratadas somaram R$ 726 milhões, um recorde em 15 anos.

O senador Beto Faro afirmou que é fundamental construir alternativas de desenvolvimento sustentáveis para as populações tradicionais que vivem na Amazônia e também os assentados do Incra . “Tudo que a nossa população amazônica precisa é de oportunidades. É possível manter a floresta de pé mas não intacta. Os estudos apontam para esse caminho que nos permitirá ganhar preservando nosso patrimônio”, afirmou.

 

Arco da Restauração

O pacote de iniciativas do Governo Federal, também contempla o Arco da Restauração, o mais ousado projeto que, em sua primeira fase terá a meta de , até 2030,fazer o replantio em 1 milhão de km2 na Amazônia Legal, com essências nativas do bioma. Um investimento de R$ 51 milhões. “É uma tarefa que o Brasil se coloca e conta com o apoio do setor privado. Até 2050, mais 18 milhões de hectares. Com isso, nessa primeira fase, 1,6 bilhão de toneladas de carbono vão ser retiradas da atmosfera”, afirmou Campello.

O desmatamento na Amazônia acontece na borda da Amazônia no eixo que sai de Rondônia até subir ao estado do Pará A meta é envolver não apenas os governos estaduais. Tanto a iniciativa privada como os governos podem atuar na reconstrução da floresta. “Quando enfrentamos o desmatamento, enfrentamos o crime organizado, a mineração ilegal em terras indígenas e florestas públicas e formamos uma cadeia de oportunidades como a bioeconomia”, afirmou Faro.

(Fotos: Ascom gabinete do senador Beto Faro)

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