Requerimento foi apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Segundo passo foi dado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao ler o requerimento para abertura no plenário. Agora, partidos devem indicar membros para a CPI
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu no plenário da Casa, no final da tarde desta terça-feira (8), o pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o avanço das bets ilegais no Brasil. A leitura é o segundo passo para a constituição do colegiado. Agora, os partidos precisam indicar os 11 membros que devem fazer parte da CPI, para sua instalação.
O requerimento foi apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que conseguiu as 31 assinaturas de senadores, número suficiente para a instalação da CPI – que funcionará por 130 dias, com limite de despesas de R$ 110 mil para exercer as atividades. Ela pede investigação a atividade de plataformas de apostas ilegais online no Brasil.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), foi um dos apoiadores da CPI e disse que o avanço das apostas ilegais é um “grave problema social”. A preocupação com o aumento das apostas on-line pelo governo aumentou após a divulgação de um levantamento do Banco Central que mostrou que o gasto médio mensal dos brasileiros com Pix para as bets e jogos de azar gira em torno de R$ 20 bilhões este ano.
Chamou atenção especialmente a estimativa de que, em agosto, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões com jogos e apostas on-line. Já está em curso um processo de regulação do mercado, coordenado pelo Ministério da Fazenda, a partir de uma lei aprovada no ano passado. As regras entram em vigor em janeiro de 2025, quando terá início o mercado regulado de apostas on-line.
(Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)