Seca se agrava na Região Norte do País e Rio Negro tem nova mínima histórica

O agravamento da estiagem no Norte do País, e que atinge, também, o estado do Amazonas, fez o Rio Negro, um dos principais da região, atingir novo nível mínimo histórico. De acordo com o Porto de Manaus, responsável pela medição, a cota do rio chegou a 13,19 metros. Medida é a menor desde 1902.

Desde o fim de abril deste ano, o nível tem se reduzido gradativamente. A previsão é que ele continue baixando até o início de novembro, quando termina o período de estiagem.

O recorde de alta já medida foi 30,02 metros em 16 de junho de 2021. Atualmente, alguns rios do Amazonas parecem estradas de barro com bolsões d’água e embarcações atoladas. A estiagem causa efeitos em praticamente todo o estado.

De acordo com o último boletim do governo estadual, divulgado sexta-feira (20), 59 dos 62 municípios amazonenses estão em situação de emergência. Um está em alerta e dois em normalidade. Ainda segundo o boletim, 146 mil famílias foram afetadas, o que representa 590 mil pessoas.

Esta semana, a Marinha, por meio do Navio de Assistência Hospitalar Soares de Meirelles, em ação conjunta com o Exército e autoridades locais, distribuiu mais de 6 mil cestas básicas e 1,1 mil caixas de água mineral em municípios da região do Alto Solimões. A distribuição começou pelo município de Tabatinga, perto da fronteira com a Colômbia e o Peru.

Segundo a Marinha, o navio é “o principal meio de transporte para distribuição de cestas básicas e suprimentos essenciais na região”.

A embarcação deve percorrer 1.350 quilômetros, incluindo os municípios de Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins.   (Foto: Alex Pazuello/Secom)

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