RS planeja construir quatro ‘cidades provisórias’ para abrigar desalojados 

Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo foram as cidades escolhidas para sediar as novas estruturas comunitárias. O anúncio foi feito pelo vice-governador Gabriel Souza, em entrevista à RBS

 

Quatro “cidades provisórias” serão construídas para receber as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. As cidades que receberão as estruturas são Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo, por terem o maior número de desabrigados, afirmou o vice-governador do estado, Gabriel Souza, nesta quinta-feira (16), em entrevista para a RBS.

As estruturas seriam usadas para acolher as mais de 77 mil vítimas das enchentes que estão em abrigos, segundo o último boletim da Defesa Civil. “Temos pouco tempo para montar. Logo teremos o exaurimento de alguns locais. Na semana que vem vamos iniciar a contratação. Até amanhã (sexta) vamos ter o descritivo das estruturas temporárias necessárias. É mais rápido contratar um serviço de montagem dessas estruturas. É como se fosse uma estrutura de eventos com qualificação para albergar pessoas”, disse Souza.

O vice-governador acrescentou que a gestão estadual busca por “locais para a colocação rápida de estruturas provisórias com dignidade mínima”. “Teremos espaço para crianças e pets. Lavanderia coletiva. Cozinha comunitária. Dormitórios e banheiros. Isso nesse período em que as pessoas ainda necessitarão desse apoio”, afirmou.

Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo foram escolhidas pelo fato de terem o maior número de desabrigados no estado. Entre os lugares cogitados para sediarem as cidades provisórias, o vice-governador apontou o Porto Seco, em Porto Alegre, o Centro Olímpico Municipal, em Canoas, e o Parque de Eventos, em São Leopoldo. Até o último boletim da Defesa Civil, as chuvas já deixaram 149 pessoas mortas no Rio Grande do Sul.

A prefeitura de Porto Alegre chegou a criar um um abrigo exclusivo, com vigilância privada, destinado a mulheres e crianças. A medida foi tomada após uma série de prisões por suspeita de estupro nos abrigos. Com episódios de violência nesses locais, o secretário de Segurança Pública gaúcho, Sandro Caron, anunciou o reforço de 300 polícias na área de segurança. Eles são provenientes de um chamamento feito pelo governo do Estado dirigido a policiais militares que estão aposentados.

Nesta quinta-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou a abertura de um edital para chamamento de policiais civis e bombeiros militares aposentados. O reforço no efetivo será em “caráter emergencial e temporário” e empregado nas “regiões mais conflagradas em função dos eventos climáticos recentes”.

(Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini)

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