Ministro interino relembrou que seu antecessor estava há “apenas 6 dias” no gabinete no 8 de Janeiro
O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Capelli, voltou a responsabilizar nesta segunda-feira (24), o ex-ministro da pasta, general Augusto Heleno, pelo atos terroristas contra as sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
“O general Heleno ‘pilotou o carro’ por 4 anos e entregou o ‘veículo’ avariado e contaminado para o general G.Dias, que pilotou por apenas 6 dias. No 7° dia o carro pifou. De quem é a culpa? Não é possível falsificar a história. Conspiração não passa recibo”, escreveu Capelli na sua conta no Twitter.
“As imagens confirmam o que o povo brasileiro já sabe. O Brasil foi vítima de uma tentativa de golpe. Muitos criminosos já estão presos. Alguns conspiradores também. A Operação Lesa Pátria, da PF, não tem data para acabar. Todos serão identificados. A lei será cumprida”, completou, se referindo as mais de 160 horas de gravação da invasão do Planalto que foram liberadas pelo GSI ontem por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, na última sexta (21).
A postagem de Capelli repetiu a declaração dada ao Fantástico na noite do último domingo (23) em que defendeu a postura de Gonçalves Dias durante o episódio. Segundo o atual chefe do GSI, Dias agiu corretamente ao conduzir os manifestantes para fora do 3º andar do Planalto, para que fossem presos no 2º andar.
Na semana passada, o ministro interino revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a despolitização do GSI de forma acelerada. “A principal pedida do presidente foi acelerar a renovação [substituição de membros do gabinete], isso vai estar em curso”, disse Cappelli. “[Isso significa] despolitizar, quer dizer, ter um corpo mais técnico, mais profissional aqui que possa tocar o trabalho”, emendou. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)