Um relatório publicado nesta terça-feira (1) por uma agência associada ao governo dos Estados Unidos (EUA) expressa críticas ao sistema de tarifas que o Brasil aplica às importações.
O artigo faz uma análise crítica das tarifas brasileiras aplicadas ao etanol, filmes dos Estados Unidos, bebidas alcoólicas, produtos de telecomunicações, maquinários e equipamentos, assim como à carne suína. Também expressa descontentamento quanto à vantagem oferecida pela legislação e regulamentos brasileiros aos produtores locais.
O texto deve servir como fundamento para o novo aumento de tarifas que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende revelar nesta quarta-feira (2). Trump declarou que planeja implementar “tarifas recíprocas” sobre os produtos de qualquer nação que taxe as importações de bens e produtos americanos. O mandatário da Casa Branca tem se referido a essa nova ação tarifária como o “Dia da Libertação”.
Com o objetivo de fundamentar as novas taxas, o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) elaborou um relatório de cerca de 400 páginas que detalha os impostos que os EUA encontram ao exportar para 59 nações ou blocos econômicos, como a União Europeia, a China, o Reino Unido, a Argentina e o México.
O Brasil é mencionado em seis páginas do relatório, onde o USTR o descreve como um país que aplica tarifas consideráveis em diversas categorias de importação, abarcando “automóveis, componentes automotivos, tecnologia da informação e eletrônicos, produtos químicos, plásticos, equipamentos industriais, aço, têxteis e vestuário”.
Exportadores americanos encontram grandes incertezas no mercado do Brasil devido às frequentes alterações nas tarifas impostas pelo governo, que agem dentro das margens permitidas pelo Mercosul. Essa imprevisibilidade acerca das tarifas dificulta a capacidade dos exportadores dos EUA de calcular os custos associados à operação no Brasil, conforme aponta o relatório dos Estados Unidos. (Foto: BBC)
