Um relatório produzido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) revela aquilo que o país inteiro sabe: mau planejamento de gestores públicos compromete andamento dos empreendimentos.
O total investido chega a R$ 27,2 bilhões.
De acordo com o documento, o Brasil possui quatro em cada dez obras paralisadas.
Os dados constam do Painel de Obras Paralisadas, onde o TCU reuniu e deu transparência às informações dos principais bancos de dados oficiais do país e buscou apresentar o cenário mostrando a quantidade, os valores, e a lista detalhada desses empreendimentos.
Ao todo, 8.674 obras estão paralisadas, enquanto o país totaliza 22.559 projetos no papel – ou seja, 38,5% dos empreendimentos estão parados e já consumiram quase R$ 28 bilhões.
Ao mesmo tempo, pelo menos 14.403 contratos de obras se encontravam com a situação “paralisado” nos bancos de dados.
Somando-se os valores, esse rol de contratos totalizou a monta de aproximadamente R$ 144 bilhões.
Ressalta-se que apenas parte desse montante havia sido efetivamente investido nos empreendimentos à época da análise.
De acordo com o levantamento, a má gestão é o principal ponto de paralisação para os empreendimentos.
O deficiente planejamento é representado por projetos básicos deficientes; ausência de contrapartida financeira por estados e municípios e falta de capacidade técnica para execução do empreendimento.
Segundo o TCU, metade das obras paralisadas (cerca de 4,4 mil projetos) está na área de educação, seguida por saneamento (388 obras paralisadas); saúde (289); infraestrutura de transporte (277); agricultura (161); habitação (126); turismo (66); e defesa civil (25).
Na análise por estado, o Maranhão contabiliza 905 obras paralisadas, seguido por Bahia (807), Pará (671), Minas Gerais (657), Ceará (577) e Goiás (484).
Outras informações a respeito podem ser obtidas no Painel de Obras Paralisadas no TCU.