“Ranking da felicidade”, divulgado anualmente pela ONU, aponta que Brasil subiu cinco posições e é 44º país mais feliz do mundo e o terceiro da América Latina. Finlândia encabeça lista pelo sétimo ano consecutivo. Estudo leva em conta informações como renda, saúde, generosidade e ausência de corrupção
O Brasil subiu em 2023 cinco posições no ranking dos países mais felizes do mundo, segundo relatório anual da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável, divulgado pela ONU nesta quarta-feira (20). Com esse resultado que coloca o país na 44ª posição, o Brasil é o terceiro mais feliz da América Latina, perdendo apenas para o Uruguai (26º) e o Chile (38º).
Esse estudo com medição da felicidade nos países é feito desde 2012. O trabalho se baseia na avaliação que as pessoas fazem da própria felicidade. Leva em conta ainda informações como renda, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção para determinar a felicidade de um país.
Países do norte da Europa estão no topo do ranking da felicidade. Finlândia encabeça lista pelo sétimo ano consecutivo. Em último está o Afeganistão, devastado pela guerra e dominado pelo grupo extremista Talibã. Pela primeira vez, o estudo comparou gerações e concluiu que, em média, os mais velhos, que nasceram antes de 1965, estão mais felizes do que quem nasceu de 1980 para cá. Na contramão, o relatório mostrou que os jovens brasileiros estão mais felizes que os mais velhos.
Estados Unidos e Alemanha não aparecem entre os 20 países mais felizes, e ocupam as posições 23 e 24. Essa situação é inédita desde o inicio do levantamento. Já Costa Rica e Kuwait entraram no top 20 e ocupam as posições 12 e 13. Nenhum dos países mais populosos do mundo aparece entre os 20 primeiros. “Entre os dez primeiros, apenas Holanda e Austrália têm mais de 15 milhões de habitantes. Entre os 20 primeiros, apenas o Canadá e o Reino Unido têm mais de 30 milhões de habitantes”, destaca o relatório.
Os maiores retrocessos no índice de felicidade desde o período 2006-2010 foram os de Afeganistão, Líbano e Jordânia, enquanto Sérvia, Bulgária e Letônia registraram fortes avanços. A proximidade com a natureza e um bom equilíbrio entre o trabalho e a vida privada são a chave para a satisfação dos finlandeses, disse à AFP Jennifer De Paola, pesquisadora da Universidade de Helsinque especializada nessa temática.
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