Reestruturação da ABIN com civil na Diretoria é cobrada por servidores do órgão de Inteligência

A União dos Profissionais de Inteligência da Abin (Intelis) publicou uma nota felicitando o novo governo por ter implementado discussões durante a transição para o aprimoramento da Agência Nacional de Inteligência (Abin) junto aos seus servidores.

Além disso, cobram o cumprimento do futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, para que seja feita a reestruturação da agência, que deverá ser dirigida por um civil vindo de dentro do órgão.

Vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a Abin passou por intensa militarização durante a gestão de Jair Bolsonaro.

Esse fenômeno veio acompanhado de suspeitas de utilização de seu aparato para o benefício do próprio presidente: o ministro-chefe do gabinete, Augusto Heleno,à foi convocado à Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de espionagem contra pessoas que pudessem testemunhar na investigação de tráfico de influência envolvendo Jair Renan, filho do presidente.

O ministro compareceu na audiência, mas não respondeu as perguntas.

Além de considerar necessária a estruturação civil da Abin, a Intelis também cobra do novo governo que traga avanços na tramitação do marco regulatório da atividade de inteligência, projeto de lei que ainda se encontra em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, sem um relator.

 

A seguir,  íntegra da nota:

 

 

Verba secreta

Na Agência Brasileira de Inteligência, há a expectativa de que o governo Lula altere uma prática que passou a ser questionada, dentro da própria Abin, durante a gestão Bolsonaro.

Trata-se do uso indiscriminado da chamada verba secreta, cujos gastos são justificados apenas à cúpula do órgão.

A verba secreta é usada por agentes da Abin, por exemplo, para pagar a informantes. E é considerada essencial para o funcionamento do órgão de inteligência, que tem o objetivo de municiar o presidente da República com informações estratégicas em diferentes áreas.

Ocorre que nos últimos quatro anos, relatam integrantes da agência à coluna, a verba secreta passou a ser usada com frequência maior que a habitual. E, muitas vezes, com finalidade questionável.

Há a expectativa de que o governo Lula aumente os critérios para o uso da verba secreta, bem como a transparência na agência (Foto arquivo Abin)

 

                       Com informação do portal Metrópoles

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